
A delegada de polícia Ana Paula Barroso fazia um passeio no shopping Iguatemi, em Fortaleza. Ela decidiu entrar na loja da grife Zara, mas foi barrada por funcionários da loja por ‘questões de segurança’.
A delegada tinha sacolas de outra loja e um sorvete na mão. Em um primeiro momento, ela acreditava que se tratava de um problema por conta do sorvete, mas foi logo informada de que esse não era o caso e seguiu impedida de entrar na loja. A causa? Racismo. Ana Paula Barroso é negra.
– Farm lança cupom com nome de Kathlen e mostra insensibilidade com morte de jovem negra
© Yuri Ferreira
Delegada da Polícia Civil do Ceará foi vítima de racismo; loja não se pronunciou sobre caso e evitou colaborar com as autoridades
Racismo na Zara
A delegada de polícia chamou um segurança do shopping, que chamou o chefe de segurança do shopping para acompanhá-la. O funcionário que a barrou na loja ainda tentou se justificar. “Ele foi logo dizendo que não tinha preconceito e que tinha amigos negros, gays e lésbicas”, conta a delegada Anna Claudia Nery da Silva, responsável pelo caso, ao jornal O POVO.
– Funcionários enviam mensagens em etiquetas da Zara denunciando falta de pagamento
Segundo a reportagem do jornal local, Ana Paula considerou declarar voz de prisão ao funcionário na hora, mas estava em choque, chorosa e consternada por ser vítima de racismo. Após o incidente, a denúncia foi feita à PC e rapidamente foi cumprido um mandado de busca e apreensão na loja, que se recusou a entregar imagens das câmeras de segurança em um primeiro momento.
Confira vídeo da Polícia Civil cumprindo o mandado de segurança na Zara:
– Zara resolve falar sobre “curvas” do corpo feminino, mas erra feio e desperta a ira da internet
A Zara ainda não se pronunciou sobre o caso.