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Quarta, 26 de junho de 2024

Corumbá, a cidade branca, completa 244 anos

O município abriga uma arquitetura única e muita história

21 de set 2022 - 10h:33 Créditos: DOURADOS AGORA
Crédito: REPRODUÇÃO

A capital do Pantanal comemora hoje 244 anos. Com nome de origem tupi-guarani - Curupah - significa “lugar distante”, também é conhecida como cidade branca, devido à cor clara de seu solo, rico em calcário, o município abriga uma arquitetura única e palco de muita história.  

O então governador da capitania do Mato Grosso, Luís de Albuquerque Mello determinou uma ocupação estratégica do rio Paraguai.

O objetivo da ocupação era impedir os avanços dos espanhóis pela fronteira brasileira, e foi se transformando no principal ponto comercial da região.  

De acordo com as pesquisas da historiadora, Elaine Cancian, em 21 de setembro de 1778, os responsáveis, João Leme do Prado e Marcelino Rodrigues Camponês, junto aos soldados e demais auxiliares,realizaram o ato de fundação do povoado denominado Nossa Senhora da Conceição de Albuquerque.

Transformações  

Em 1856 foi estabelecido o Tratado de Amizade, Comércio e Navegação que culminou na abertura do rio Paraguai. Cancian evidencia que o porto geral de Corumbá, foi palco de intensas movimentações, com a comercialização de mercadorias e atividades alfandegárias.

O município passou a receber navios nacionais e estrangeiros e se transformou em porta de entrada para o Mato Grosso.

Devido a uma resolução de 1862, decretada pelo presidente da província de Mato Grosso, Herculano Ferreira Penna, o povoado foi elevado a Vila de Corumbá.

Com toda a importância do comércio fluvial, a quantidade de estrangeiros era alta, entre alemães, argentinos, bolivianos, franceses, portugueses, entre outros.  

Durante a Guerra da Tríplice Aliança (1864 a 1870), a localização foi palco de uma das principais batalhas do conflito, sendo ocupada por tropas de Solano López.  

A população foi totalmente afetada pelos acontecimentos, além do saqueamento das casas e comércio, houve ataque às mulheres e crianças.

Com a expulsão dos paraguaios em 1867, a cidade começou a ser reconstruída.  

Na mesma época, com o incentivo imperial para as atividades comerciais, se tornou um atrativo e impulsionou o desenvolvimento local e também foi restabelecido às fortificações.

Como resultado, Corumbá foi o terceiro maior porto da América Latina até 1930.

Até a década de 1950, os rios Paraguai, Paraná e Prata eram os únicos meios de integração da região.  

Por isso, a cidade vivia sob a influência dos países da Bacia do Prata, dos quais herdou grande parte dos seus costumes, hábitos e linguagem.  

Isso ocorreu naturalmente devido à sua localização fronteiriça e ao isolamento físico que sofria na época.

A chegada da Estrada de Ferro Noroeste do Brasil (NOB) no início do século XX, deslocou o eixo comercial do sul do Estado – então Mato Grosso – para Campo Grande.  

Os grandes comerciantes locais mudaram-se para outras cidades e Corumbá passou a priorizar comercialmente a exploração mineral e as atividades rurais, como a agropecuária.

A cidade iniciou atividades industriais na década de 1940, com a exploração das reservas de calcário e de outros minérios.  

No fim dos anos 1970, o turismo passou a ser explorado, revelando nova infraestrutura e viabilizando a restauração das construções históricas.  

Com o Pantanal ocupando 60% de seu território, Corumbá passou a ser chamada de Capital do Pantanal, constituindo-se o principal portal para o santuário ecológico.

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