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Segunda, 17 de junho de 2024

TJ considera ex de jogador esquartejado perigosa e mantém prisão.

Defesa de Rubia Joice Luivisetto, de 21 anos, que está presa desde 4 de julho, vai recorrer ao STJ.

21 de set 2023 - 18h:41 Créditos: CG News
Crédito: Divulgação

O TJMS (Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul) decidiu manter presa Rubia Joice de Oliver Luivisetto, de 21 anos, ex-namorada do Hugo Vinícius Skulny Pedrosa, 19, que para a Polícia Civil, o atraiu para a morte. A decisão da 2ª Câmara Criminal cita a periculosidade da acusada, que acabou na prisão em 4 de julho, quando se apresentou em delegacia.



Desembargadores da 2ª Câmara Criminal negaram o habeas corpus de Rubia, por unanimidade, a “garantia da ordem pública” e por entenderem que é necessária a “manutenção da custódia cautelar porque está evidenciada a gravidade concreta dos delitos”. A defesa da jovem vai recorrer ao STJ (Superior Tribunal de Justiça).


Rubia teve decretada prisão temporária – quando a polícia requisita a medida restritiva de liberdade para terminar uma investigação, por exemplo –, mas no início de agosto, juiz Mateus da Silva Camelier, substituto na Vara Única de Sete Quedas, decidiu mantê-la na cadeia. A prisão foi convertida em preventiva (por tempo indeterminado) no dia 1º de agosto, horas antes de expirar o prazo de reclusão dado anteriormente (30 dias).


Na Justiça – O MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul) denunciou a ex-namorada e o “ficante” dela, Danilo Alves Vieira da Silva, 19, por homicídio qualificado por motivo fútil, meio cruel e mediante emboscada. Para a acusação, ela atraiu o jogador até sua casa com a intenção de matá-lo. Os dois respondem também por ocultação de cadáver.



Cleiton Torres Vobeto, o “Maninho”, amigo de Rubia, foi denunciado pela ocultação do corpo, mas responde ao processo em liberdade. Já Noemi Matos de Oliver e Patrick Eduardo do Nascimento, mãe e padrasto de Rubia, respondem por fraude processual, já que teriam ajudado o trio a encobrir vestígios do assassinato.



Em reconstituição, policiais simulam momento que corpo é jogado no Rio Ivinhema (Foto: PCMS/Divulgação)

Em solo policial – O acusado de assassinar Hugo Vinícius foi o último a ser preso, no dia 16 de agosto. Ele estava foragido e foi encontrado escondido em imóvel na cidade de Iguatemi, cidade a 100 km de Sete Quedas. Ele não nega participação no crime, mas informou à polícia que só dará sua versão sobre os fatos em juízo. Foi Rúbia Joice quem atribuiu a ele a autoria dos disparos que mataram o ex-namorado.



De acordo com o que foi divulgado pela investigação, que tramitou em sigilo, Hugo saiu de uma festa em posto de combustíveis em Pindoty Porã, cidade paraguaia que faz fronteira com Sete Quedas – a 471 km de Campo Grande –, na madrugada do dia 25 de junho. Ele foi deixado por amigos na casa da ex-namorada e até então, não havia sido mais visto. A família procurou a polícia e registrou um boletim de desaparecimento.


Uma denúncia anônima levou às buscas pelo jogador ao Rio Iguatemi. O Corpo de Bombeiros trabalhou intensamente, sem sucesso nos três primeiros dias, mas, então, a polícia chegou até “Maninho” – amigo de Rubia, que confessou ter ajudado na ocultação do cadáver. Ele apontou onde o corpo do jogador foi desovado, um ponto do rio que passa por dentro da propriedade rural da família de Danilo.


No dia 2 de julho, bombeiros passaram a localizar partes do corpo da vítima, que havia sido esquartejado.


Após se entregar à polícia, Rubia alegou que Hugo invadiu sua casa e Danilo atirou contra o ex durante a confusão. Depois, o “ficante” teria feito ameaças de morte a ela e a “Maninho” para que os dois ajudassem a encobrir o crime.


A moça também afirmou que Danilo e o amigo foram os responsáveis por colocar o corpo de Hugo na carroceria do veículo dela e se livrarem do cadáver. Disse que não sabia o que havia sido feito do corpo, muito menos do esquartejamento. 

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