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Quinta, 25 de abril de 2024

Médica da China fala que coronavírus foi criado em um laboratório

Ainda não se tem evidências concretas

21 de out 2020 - 16h:54 Créditos: Roberta Ferreira
Crédito: Divulgação

Uma medica chinesa, chamada Li-Meng Yan, relata que sim, há evidências de que o SARS-CoV-2 foi "convenientemente criado" em um laboratório durante o período de seis meses. No artigo, publicado no site Zenote, Yan e outros dois pesquisadores contam que o vírus tem características biológicas que são inconsistentes a uma ocorrência natural, não sendo um vírus zoonótico. A declaração vem movimentando a comunidade científica desde que foi publicada, no último dia 14.  

Yan deu uma entrevista ao programa Loose Women, do Reino Unido, ela afirmou que a covid-19 foi criada em um laboratório de Wuhan, na China.  

A cientista diz ainda que a informação é de que o vírus surgiu em um mercado úmido da cidade, que não passa de uma "cortina de fumaça", então escondendo algo muito maior.

A cientista afirma que foi censurada pelo governo chinês e precisou fugir de Hong Kong e ir para os Estados Unidos, para poder alertar as pessoas sobre este vírus. E ela ainda afirma que as suas informações foram apagadas do banco de dados do governo.

Em dezembro de 2019, outro estudo feito pela cientista alegava que o coronavírus tinha uma alta transmissibilidade e, com a médica afirmando ter sido silenciada após apresentar os resultados. No entanto, o laboratório onde ocorreu a pesquisa, o Hong Kong School of Public Health, afirma que não há registros desse estudo e que o seu novo artigo não traz base científica.

Com a divulgação do estudo e das alegações da cientista, logo a comunidade médica começou a se manifestar sobre o assunto. O site Newsweek conversou com o especialista em patogênese microbiana, Andrew Preston, da Universidade de Bath, no Reino Unido, que afirmou que o relatório não deve receber nenhuma credibilidade porque ainda não foi bem revisado. Além disso, Preston diz que o documento não conta com referências que comprovem suas acusações, fator crucial para que um estudo seja levado em conta.

Arinjay Banerjee, virologista da Universidade McMaster em Ontario, no Canadá, rebate a afirmação da pesquisadora, que no artigo diz que o sequenciamento genético do SARS-CoV-2 é uma evidência de que ele foi criado com o uso de enzimas que funcionam como "tesouras moleculares" que adicionam ou subtraem material genético. No entanto, o especialista diz que todas as sequências de DNA da natureza possuem locais de restrição. "A evidência apresentada aqui é anedótica", diz.

O Twitter chegou a suspender a conta de Yan, que contava com um pouco menos de 60 mil seguidores, logo após as novas declarações aparecerem na mídia. A rede social não quis falar publicamente sobre o caso, mas em maio novas regras de combate às notícias falsas foram implementadas com foco na COVID-19, exibindo mensagens em tweets que possam provocar a confusão do leitor, o que pode significar alguma violação nessas leis.


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