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Quarta, 22 de outubro de 2025

Estagnação da Indústria expõe falhas do governo Lula e risco de retração econômica

Produção parada, estoques em alta e queda no emprego expõem o colapso silencioso da indústria brasileira.

21 de out 2025 - 10h:57 Créditos: Dourados Online
Crédito: Divulgação

A economia real do país segue travada — e os números da Confederação Nacional da Indústria (CNI) divulgados nesta semana desmontam a propaganda de “crescimento sustentável” repetida pelo governo federal.

No terceiro trimestre de 2025, a produção industrial brasileira ficou praticamente estagnada, com índice de 50,1 pontos, o que indica ausência de avanço. Ao mesmo tempo, os estoques subiram e o nível de emprego caiu, revelando um cenário de fraqueza generalizada no setor produtivo.

Enquanto o governo Lula insiste em um discurso de recuperação, a realidade mostra uma indústria sufocada pela carga tributária elevada, juros altos, gasto público excessivo e falta de estímulo à competitividade.

Demanda fraca e produção parada: o retrato da economia brasileira

De acordo com o levantamento da CNI, o índice de estoques “efetivos em relação ao usual” chegou a 50,7 pontos, ultrapassando o nível considerado saudável. Significa que há produto demais e consumo de menos.

A consequência é previsível: fábricas desaceleram, demitem e reduzem investimentos. O índice de emprego industrial caiu para 48,9 pontos, em um período que tradicionalmente marca a retomada da produção para as vendas de fim de ano.

A utilização da capacidade instalada recuou para cerca de 70%, abaixo dos 72% registrados em 2024 — um sinal claro de que as empresas estão produzindo menos porque o país consome menos.

Omissão e erros do governo federal

O problema não é apenas conjuntural, mas estrutural e político. O Palácio do Planalto mantém foco em programas de gasto e expansão do crédito, sem resolver o verdadeiro gargalo: a falta de confiança e de competitividade da indústria.

Enquanto o Ministério da Fazenda comemora arrecadação recorde – fruto de mais impostos e não de um país que produz mais – empresários enfrentam um ambiente de negócios hostil, repleto de instabilidade regulatória e aumento de custos. O resultado é um setor produtivo desmotivado, que prefere reter investimentos a apostar em um governo que muda regras e penaliza quem produz.

A ausência de uma política industrial moderna e coerente agrava o quadro. O governo prefere medidas populistas e paliativas, ignorando que a indústria é o motor da geração de empregos de qualidade e da inovação tecnológica.

O risco de uma estagnação prolongada

Se nada for feito, o Brasil pode encerrar 2025 com crescimento próximo de zero, aumento do desemprego e retração no investimento privado.

A indústria brasileira precisa de reformas reais — uma reforma tributária simples e estável, redução do custo Brasil, segurança jurídica e estabilidade institucional. Sem isso, qualquer crescimento será apenas estatístico e temporário.

O governo federal parece olhar para o retrovisor, comemorando números manipulados e ignorando a paralisia do setor que deveria sustentar o desenvolvimento nacional. O resultado é um país que acumula estoques, impostos e desemprego, em vez de progresso e prosperidade.


Humberto Teixeira Júnior
Ex-vereador, ex-presidente da Câmara Municipal de Dourados e ex-presidente da União de Câmaras de Vereadores do Mato Grosso do Sul (UCVMS

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