Em empresa jurídica, o ex-juiz Sergio Moro, foi rebaixado de cargo, ou seja, de sócio diretor foi para consultor de assessoria.
Faz seis meses que Sergio está trabalhando nessa companhia. Ele deixou o governo do presidente Jair Bolsonaro, na qual o mesmo era chefe do Ministério da Justiça e segurança pública.
Antes contratado pela empresa como diretor da área de disputas e investigações, agora a Alvarez & Marsal está alegando ao Tribunal de Contas da União (TCU) que Moro não é sócio de nenhuma das empresas, mas apenas um consultor e que ele só recebe quando presta algum serviço.
“A remuneração do Sérgio Moro decorre somente dos honorários pagos pela empresa-cliente nos específicos casos em que está autorizado a atuar e com base na efetiva prestação de serviços como consultor”, diz a manifestação da consultoria.
Em comunicado publicado em seu próprio site em 30 de novembro de 2020, a Alvarez & Marsal afirmou que Moro havia sido contratado como sócio-diretor para atuar na área de Disputas e Investigações.
Inclusive, o release de apresentação do ex-juiz, como sócio-diretor ainda está no ar. A empresa administra a recuperação judicial da Odebrecht.
O ministro do TCU, Bruno Dantas, pediu esclarecimentos à Alvarez & Marsal sobre a admissão de Moro. Ele oficiou a 1ª Vara de Falências e Recuperações Judiciais de São Paulo, onde tramita a recuperação judicial da Odebrecht, para obter documentos sobre a contratação da administradora judicial da empreiteira.
De acordo com Dantas, há risco de conflito de interesse. Isso porque Moro, como juiz, contribuiu para a piora da situação econômica da empresa e depois passou a receber renda dela em seu processo de reestruturação.
A suspeição da Alvarez & Marsal foi levantada pelo TCU porque Moro foi o juiz que conduziu o processo da Lava Jato e que levou à prisão de vários executivos e ao processo de delação premiada e acordo de leniência da companhia.