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Sexta, 29 de março de 2024

Oxigênio de submarino que sumiu pode acabar nessa sexta

Equipes de resgate fazem buscas

22 de abr 2021 - 14h:46 Créditos: Roberta Ferreira
Crédito: Divulgação

A Marinha da Indonésia continua as buscas nesta quinta-feira (22) para tentar encontrar o submarino KRI Nanggala-402, que desapareceu com 53 pessoas a bordo.

"As reservas de oxigênio do submarino durante uma queda de energia são de 72 horas", informou o comandante do Estado-Maior da Marinha indonésia, Yudo Margono.

O submarino perdeu contato com a Marinha do país enquanto realizava manobras de treinamento nas águas ao norte da ilha de Bali, após receber autorização para submergir.

Como o navio solicitou a autorização por volta das 3h de quarta no horário local (às 16h de terça em Brasília), as reservas de oxigênio podem se esgotar às 3h de sábado (16h de sexta no Brasil).

O submarino KRI Nanggala-402 pesa 1.395 toneladas e foi construído na Alemanha em 1977.  

Ele foi incorporado à frota indonésia em 1981 e passou por uma reforma de dois anos na Coréia do Sul que foi concluída em 2012.

Ontem (21), equipes de resgate encontraram um vazamento de óleo perto do local onde o submarino perdeu contato. É nessa área que as buscas se concentram.

A mancha de óleo pode sinalizar danos ao tanque do submarino, mas também pode ser uma forma de enviar uma mensagem de socorro, segundo o porta-voz da Marinha indonésia, Julius Widjojono.

Vários países ofereceram ajuda, incluindo Estados Unidos, Austrália, Índia, França e Alemanha. Os vizinhos Malásia e Singapura já enviaram barcos de apoio.

O ministro da Defesa australiano, Peter Dutton, alertou que as informações disponíveis aumentam "o medo de uma terrível tragédia".

O comandante das Forças Armadas do país, Hadi Tjahjanto, afirmou que o submarino poderia estar a 700 metros de profundidade.

Um porta-voz da Marinha sugeriu a hipótese de um acidente. "É possível que tenha ocorrido uma queda de energia, o que deixou o submarino fora de controle e impediu o lançamento de medidas emergenciais".

Analistas militares alertam para o risco de o submarino ter se partido caso tenha afundado a essa profundidade, pois a embarcação é capaz de descer a até 250 metros.

Antoine Beausssant, vice-almirante francês, afirmou à agência de notícias France Presse que os submarinos têm "um coeficiente de segurança". "Se ele afundou a 700 metros, há uma boa chance de que tenha se partido".

Frank Owen, diretor do Australian Submarine Institute, mostrou-se pessimista sobre as chances de resgate.  

"Se o submarino estiver no fundo do mar e a profundidade for grande, poucos são os meios de tirar a tripulação de lá", explicou o especialista à imprensa australiana.


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