A implantação de uma Sala Lilás para atendimento exclusivo à mulher vítima de violência doméstica e familiar na delegacia de Polícia Civil em Mundo Novo, foi solicitada pela deputada estadual Mara Caseiro (PSDB), aos secretários estaduais de Infraestrutura, Eduardo Riedel e de Justiça e Segurança Pública, Antônio Carlos Videira. Essa demanda atende pedido dos vereadores Eliete Tel, Gildo Amaral, Paulo Lourenço Neto, Kaudi Kenps Silva Nage, Jefferson Hespanhol, Evaldo de Souza, Gerson Oliveira, Gessé Ferreira, Jaderson de Lima, Raul Amaducci e Richardson Prates.
Segundo dados do Atlas da Violência de 2016, Mato Grosso do Sul tem a sexta maior taxa de homicídios de mulheres no país, com 6,0 por 100 habitantes. “Nosso Estado fica atrás apenas de Roraima, com 10; Paraná com 7,2; Goiás com 7,1; Mato Grosso com 6,4 e Rondônia com 6,2. Os números mencionados são de 2016, sendo bastante provável que estes indicadores já tenham sofrido significativos aumentos ao longo dos últimos anos”, disse Mara Caseiro.
Segundo ela, os vereadores de Mundo Novo, disseram que este grave problema social, tem sido constante no município. “Em razão do alto número de denúncias realizadas por mulheres e da insegurança e desconforto das vítimas ao prestarem relatos dos crimes e traumas sofridos a autoridades do sexo masculino, eles fizeram esse pedido para implantação da Sala Lilás”, disse a deputada.
A primeira Sala Lilás do Estado pela primeira vez no IMOL (Instituto de Medicina e Odontologia Legal) de Campo Grande. Seu objetivo é oferecer atendimento diferenciado e qualificado às mulheres em situação de violência, incluindo atendimento também para crianças (de ambos os sexos) e meninas adolescentes, que tenham tido seus direitos violados, facilitando o acesso à justiça e incentivando as denúncias, já que as mulheres teriam um espaço exclusivo para o atendimento. “O pleito é social e, infelizmente, reflete uma realidade enfrentada diariamente por diversas cidadãs sul-mato-grossenses, motivo pelo qual peço que a indicação formulada seja atendida”, afirmou Mara Caseiro.