A classe média é composta pelas famílias onde a renda mensal, segundo o site locomotiva, pesquisa e estratégia gira em torno de R$ 667,87 até R$ 3.755,76 por pessoa que compõe o núcleo familiar. Por exemplo: em uma família de 4 pessoas, onde o casal trabalhe e os filhos estejam em idade escolar (8 e 10 anos de idade por exemplo) e este casal possua uma renda de R$ 8.000,00 mensais, de início pode parecer um salário interessante para uma ou duas pessoas, mas é necessário contabilizar os filhos deste casal que, mesmo não produzindo ou auferindo renda, possuem gastos. Ou seja, a renda, per capita (literalmente “por cabeça” em tradução direta), é na verdade de R$ 2.000,00 por membro da família. Por isso o cálculo é feito desta forma.
Agora que compreendemos a lógica da “renda mensal familiar”, passemos a observar qual é o maior erro que os membros da classe média realizam. Em outras palavras: Qual a maior burrice da classe média?
A maior burrice que a classe média comete do ponto de vista financeiro é adequar o seu padrão de vida ao quanto ganha de dinheiro, por exemplo: ganhando R$ 3.000,00 e gastando todo esse valor, recebendo R$ 6.000,00 e gastando tudo, ou seja, mesmo com um salário alto e que este venha se multiplicar, as pessoas tendem a gastar tudo que ganham, sempre empatando na sua economia doméstica e nas suas finanças pessoais. Ou seja, não sobra nada, nem existe uma reserva de emergência para imprevistos que possam surgir.
A grande maioria das pessoas tende a comprar coisas cada vez mais caras na medida que começa a ganhar mais dinheiro, acreditando que com os anos sempre irá ganhar mais dinheiro. Quando isso não acontece, o que é quase na maioria dos casos, a pessoa termina a vida com uma renda igual ou inferior na aposentadoria e sem nenhum ativo gerador de renda. Quando não, ela chega na velhice, com dívidas e pouco capital para cuidar de sua saúde e desfrutar dos momentos alegres que esta fase de vida proporciona.
O resultado desse processo é trágico e a pessoa fica escrava dos seus bens que sugam quase todo o seu dinheiro.
Como evitar essa atitude? Como agir para ter um futuro financeiro diferente?
O grande segredo é algo que, por sinal, os jovens sempre escutam dos mais velhos: POUPAR e INVESTIR!
Viver um (ou alguns) patamares abaixo do que você ganha é o melhor caminho. Por exemplo: se você recebe R$ 3.500,00 por mês de salário, economise e invista uma parte deste valor; 10% por exemplo. Este valor economizado e investido ao longo de um ano, pode criar uma reserva de emergências para um cenário de desemprego, doença, ou para a aposentadoria que está no horizonte.
Afinal, todos envelhecem, e é muito melhor chegar nesta fase da vida com dinheiro e patrimônio do que sem ele. E ai, bora economizar e investir?
Denis Schmeisch - Advogado, Mestre em Agronegócios