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Quinta, 21 de novembro de 2024

Polícia Civil deflagra operação ‘Dark Money’ em Maracaju

Polícia Civil deflagrou na manhã desta quarta-feira (22), em Maracaju, a operação ‘Dark Money’ que apura suposto desvio de mais de R$ 23 milhões dos cofres públicos entre 2019 e 2020, na gestão do então prefeito, Maurílio Azambuja.

22 de set 2021 - 15h:27 Créditos: DAIANE SCHUINDT
Crédito: Assessoria

Polícia Civil deflagra operação ‘Dark Money’ em Maracaju

Polícia Civil deflagrou na manhã desta quarta-feira (22), em Maracaju, a operação ‘Dark Money’ que apura suposto desvio de mais de R$ 23 milhões dos cofres públicos entre 2019 e 2020, na gestão do então prefeito, Maurílio Azambuja.

A reportagem apurou que ele é um dos alvos dos mandados de prisão temporária, inclusive, a polícia chegou na residência do ex-chefe do Executivo por volta das 5h e deixou o local há poucos minutos.

No total, são sete mandados de prisão temporária, um está em aberto porque o investigado é considerado foragido. Bens já foram bloqueados e os agentes também executam 26 mandados de busca e apreensão.

Além de Maurílio, a ação mira servidores públicos que atuaram no alto escalão, bem como empresários e empresas que teriam envolvimento com o esquema de corrupção.

De acordo com a polícia, foi criada uma conta bancária de fachada, paralela à oficial, e não declarada aos órgãos de controle interno e externo do município, por onde foram feitos mais de 150 repasses de verbas públicas em menos de um ano.

A partir de negócios jurídicos dissimulados, integrantes do alto escalão da prefeitura emitiram mais de 600 lâminas de cheques, que totalizaram mais de R$ 23 milhões a empresas, sem qualquer lastro jurídico para amparar os pagamentos.

Muitas das empresas beneficiárias dos valores não mantinham relação jurídica com a prefeitura (licitação, contrato ou meio legal que amparasse a transação financeira). Além disso, não havia emissão de notas fiscais e os valores não eram submetidos a empenho de despesas, operações legais que devem ser observadas pelos entes públicos.

A operação

Participaram da ‘Dark Money’, policiais civis de Paraíso das Águas, Naviraí, Nova Andradina, Nova Alvorada, Corumbá, Ponta Porã, Nova Alvorada do Sul, Itaporã, Rio Brilhante, Mundo Novo e Maracaju).

Além do Departamento de Polícia de Campo Grande (GOI, 1°, 2° e 3° DP), Departamento de Polícia Especializada (Derf e Defurv), Departamento de Inteligência da Polícia Civil de MS e também do Paraná – isso porque há informação que um dos alvos estaria em Umuarama, e foi localizado num hotel.

As ações de Polícia Judiciária Civil foram realizadas no Município de Maracaju, Corumbá, Ponta Porã e Campo Grande.

Nome da operação

A expressão ‘Dark Money’ é uma alusão à natureza do dinheiro fruto da corrupção sistêmica que atinge setores públicos e perpetrada por seus gestores.

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