
Na França, um grupo de repórteres entrou com uma medida contra o Facebook, pois eles acusam a rede social de não fornecer um ambiente seguro para os internautas.
Eles alegam que essa plataforma viola seus próprios termos e suas condições.
A mídia afirmou que existe uma lei francesa para ouvir este tipo de problema.
De acordo com informações, enganar os clientes gera uma multa de até 10% de suas vendas no ano, se for considerado violação.
O grupo pretende entrar com essa mesma ação em outros países, pois enganar os usuários é ilegal.
O processo que está correndo desde ontem (23) diz respeito sobre que o Facebook, se envolveu em "práticas comerciais enganosas", permitindo que a desinformação e as ameaças floresçam, apesar de prometer aos usuários que "exercerá diligência profissional" para criar "um ambiente seguro, protegido e de erro - ambiente livre”.
O grupo disse em um comunicado que as promessas feitas nos termos e condições do Facebook são "em grande parte mentirosas" e desmentidas pela "disseminação em larga escala de discurso de ódio e informações falsas em suas redes”.
Para apoiar suas afirmações, Repórteres Sem Fronteiras citam declarações de ex-funcionários do Facebook, dois longos relatórios detalhando discurso de ódio e ameaças feitas contra jornalistas franceses, o trabalho de organizações de verificação de fatos e exemplos de desinformação disseminados na plataforma.
Os jornalistas falaram que esperam que os promotores abram uma investigação sobre essa rede social. Mas também disse que deseja que o Facebook cumpra seus compromissos.
"Esperamos que o Facebook respeite efetivamente os compromissos que assumiu com seus consumidores, em vez de fingir que vai implementá-los sem que seja esse o caso".
Embora o processo não inclua revelações significativas sobre o Facebook, ele ressalta a pressão sobre a empresa por parte de reguladores e grupos de defesa em todo o mundo para tratar de questões como discurso de ódio e desinformação.
A plataforma tentou lidar com isso de várias maneiras, desde rotular alegações falsas até reduzir sua visibilidade nos feeds dos usuários, mas o problema persistiu.
O CEO do Facebook, Mark Zuckerberg, deve enfrentar perguntas dos legisladores na quinta-feira (25) sobre o papel da desinformação da mídia social no ataque ao Capitólio dos Estados Unidos no início deste ano.
A rede social também está com um embate com a mídia em várias economias importantes por causa da remuneração do jornalismo.
A empresa proibiu brevemente o conteúdo de notícias na Austrália no início de 2020, enquanto os legisladores implementavam um código de mídia que força a Big Tech a pagar aos editores por notícias compartilhadas em suas plataformas.