O juiz federal aposentado Odilon de Oliveira também pediu desfiliação do PSD para apoiar a reeleição da prefeita de Campo Grande, Adriane Lopes (PP). Candidato a governador e a senador nas últimas eleições, o magistrado aderiu a debandada no partido e ampliou o isolamento do senador Nelsinho Trad, presidente regional da sigla.
Nos últimos dias, o PSD perdeu seis dos oito vereadores na Câmara Municipal. Delei Pinheiro, Beto Ovelar, Professor Riverton e Valdir Gomes se filiaram ao PP. O vereador Silvio Pitu deve ir para o PSDB, enquanto Tiago Vargas ainda está indeciso entre o PP e o PL.
Até o ex-prefeito Marquinhos Trad, irmão de Nelsinho, já antecipou que deixará o partido. Ele deverá se filiar ao União Brasil para apoiar a candidatura a prefeita de Rose Modesto e disputar uma vaga de vereador nas eleições deste ano.
O juiz Odilon encaminhou ofício pedindo a desfiliação no último dia 17 deste mês. “Prometi a ela (Adriane) desde 2.022, quando ela e o Lídio me apoiavam nos comícios e reuniões”, explicou.
Odilon teve uma carreira de três décadas na Justiça Federal e ganhou os holofotes ao condenar uma série de narcotraficantes e sofrer ameaças de morte. Ele foi tema de um filme e de documentário da HBO.
Em 2018, ao disputar o Governo do Estado pela primeira vez pelo PDT, Odilon obteve 408.969 votos no primeiro turno e 616.422 no segundo turno. Em 2022, ele disputou o Senado e ficou em 4º lugar, com 146.261 votos.
Ele poderá disputar uma vaga de vereador nas eleições deste ano no lugar do filho, Odilon de Oliveira Júnior, que preside a Agência Municipal de Regulação e não foi reeleito na última eleição.
Mesmo com o partido esvaziado, Nelsinho já antecipou que o PSD vai apoiar o candidato a prefeito do PSDB, o deputado federal Beto Pereira. Ele retirou a candidatura do deputado estadual Pedro Pedrossian Neto, apesar do correligionário estar empatado tecnicamente nas pesquisas com o tucano.