
Pais e alunos deram "de cara" com os portões fechados das escolas públicas na manhã desta quarta-feira (23). A situação é consequência da paralisação nacional que ocorre em defesa da educação.
Na Escola Estadual Joaquim Murtinho, todos os professores aderiram ao movimento. Apenas a secretaria permaneceu aberta. Um aluno, que esteve ausente na véspera e não foi avisado sobre a paralisação, foi até a escola e acabou tendo que voltar para a casa.
No Hércules Maymone, os portões estavam trancados e não havia ninguém do lado de fora. A equipe de reportagem encontrou duas alunas uniformizadas entrando no terminal para retornarem para casa.
Beatriz Moreno, de 14 anos, chegou à escola às 6h45 acompanhada da amiga Francine, de 13. "Ontem não vim à escola, então não fiquei sabendo. Hoje nós chegamos sem saber de nada, uma mulher de secretaria falou que ia ter essa paralisação nacional. Explicou que não vai ter aula por isso. Viemos mais cedo, de ônibus. Fazer o que, agora vamos voltar pra casa", disse Beatriz.
Na Escola Municipal Professora Oliva Enciso, havia um cartaz informando sobre a paralisação. Uma mulher, acompanhada de três crianças, chegou de carro, leu o aviso e foi embora.
O movimento é organizado pela Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE). Em assembleias realizadas na manhã de terça-feira (22), a Fetems (Federação dos Trabalhadores em Educação de Mato Grosso do Sul) e a ACP (Sindicato Campo-grandense dos Profissionais da Educação Pública) decidiram aderir à paralisação.
A Semed (Secretaria Municipal de Educação de Campo Grande) informou que "os pais e responsáveis foram previamente informados pelas unidades escolares sobre a paralisação. A reposição do dia letivo será organizada conforme o calendário escolar de cada unidade, garantindo o cumprimento da carga horária prevista por lei”.