Passado o primeiro turno das eleições municipais ao menos 766 candidatos eleitos terão de confirmar na Justiça Eleitoral a regularidade do seu registro de candidatura. Em todo o país, 305 prefeitos, 98 vice-prefeitos e 363 vereadores foram eleitos sub judice, quando há algum tipo de pendência judicial que pode alterar o resultado do pleito e, agora, dependem de um parecer favorável dos tribunais.
São três tipos de casos: aqueles em que a candidatura foi deferida, mas o Ministério Público Eleitoral (MPE) recorreu; os que tiveram registro indeferido na primeira instância eleitoral, mas o próprio candidato entrou com recurso; ou ainda aqueles em que a Justiça Eleitoral não analisou a situação da candidatura até agora.
Os dados foram levantados na última sexta-feira a partir das estatísticas do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Os números podem mudar à medida que os registros são analisados.
Os partidos que concentram o maior número de pendências são o PP, com 107 casos; MDB, com 101; e PSD, com 93 siglas que também estão entre as que elegeram mais candidatos no pleito do último dia 15. O MDB lidera o ranking quando considerados apenas os eleitos prefeitos sub judice, com 43. Entre os estados, São Paulo, Piauí e Paraná registram a maior quantidade de candidatos nessa situação. O Rio de Janeiro tem 12 eleitos sub judice, sendo oito deles com o cargo de prefeito.
Dez cidades pelo país terão segundos turnos com candidatos ao Executivo com pendências com a Justiça, todas localizadas no interior. Oito candidatos a prefeito e quatro a vice disputarão nesta situação.