Os bandidos que mataram um policial e deixaram outro ferido durante confronto nesta quinta-feira (22), na fronteira do Paraguai com Mato Grosso do Sul, usaram a viatura da Polícia Nacional para fugir.
O confronto ocorreu na residência do gerente de uma casa de câmbio no bairro Guarani, em Pedro Juan Caballero, cidade separada por uma rua de Ponta Porã (MS).
Na tentativa de prestar socorro aos colegas feridos, um dos policiais deixou o veículo ligado e com a porta destravada. Os criminosos aproveitaram a oportunidade, entraram na viatura e fugiram.
O carro foi abandonado nos arredores da Penitenciária Regional de Pedro Juan Caballero. Investigadores que atuam no caso acreditam que a manobra foi adotada para evitar de serem perseguidos.
Morreu o subinspetor da Polícia Nacional Esteban Ramon Cañete Areco, 44. Segundo Pablo Ayala, diretor do Hospital Regional, o policial foi atingido por quatro tiros no peito e na barriga e chegou morto ao local.
Já o policial Éver Osvaldo Ortega Torres, 33, não foi atingido por tiros, como se acreditava no início. Segundo o médico, ele sofreu corte na mão ao cair do muro da residência.
De acordo com a polícia, pelo menos oito bandidos armados sequestraram o filho do gerente da casa de câmbios Tríplice C e obrigaram o jovem a levá-los até sua casa, localizada no cruzamento das ruas Carlos Dominguez e Fernando de La Mora.
Tendo o rapaz como refém, o bando conseguiu entrar na casa para exigir dinheiro. Enquanto conversava com os assaltantes, o gerente conseguiu acionar o botão do alarme. Avisada do pedido de socorro, a Polícia Nacional mandou equipe para o local, mas os policiais foram recebidos à bala.
Esse é o terceiro caso envolvendo casas de câmbio de Pedro Juan Caballero em uma semana. No dia 14, a Câmbios Rio Paraná foi assaltada por homens armados. Entre dólares, reais, guarani e euros, eles levaram pelo menos R$ 1 milhão do local.
Na noite de segunda-feira (19), Marcos Antonio Jara Florêncio, 35, gerente da Panorama Câmbios, foi sequestrado por homens armados no centro da cidade.
Os bandidos o soltaram horas depois, mas sua caminhonete Amarok branca foi encontrada queimada na manhã de terça-feira. Marcos Antonio não quis colaborar com as investigações e disse que foi ameaçado de morte pelos criminosos se falasse com a polícia e o Ministério Público.