Manifestantes foram às ruas neste sábado (23) para pedir o impeachment do presidente Jair Bolsonaro em protesto a favor da vacinação contra a Covid-19.
Os atos em forma de carreata, para evitar aglomerações, foram registrados no Rio de Janeiro, Brasília, São Paulo, Belém, e Recife.
Outras manifestações também estavam previstas. Pesquisa Datafolha divulgada na sexta-feira (22) indica que a rejeição ao governo de Bolsonaro cresceu no último mês e atingiu 40%, mas a maioria dos brasileiros é contra a abertura de um processo de impeachment.
Os protestos contra o presidente foram organizados por partidos e movimentos de oposição que não conseguiram unificar os atos.
Movimentos à esquerda, como as Frentes Brasil Popular e Povo sem Medo, com apoio da Central Única dos Trabalhadores (CUT), organizaram as carreatas. Já os grupos à direita, como Vem pra Rua e Movimento Brasil Livre (MBL) marcaram atos para hoje (24).
Em Brasília, a carreata teve dez quilômetros e chegou a ocupar as duas vias do Eixo Monumental. O grupo também protestou pela valorização do Sistema Único de Saúde (SUS) e dos profissionais de saúde.
No Rio, um dos organizadores do ato foi o movimento Acredito, que se diz suprapartidário, e a mobilização foi feita pela internet.
A carreata começou em frente ao monumento a Zumbi dos Palmares, na Avenida Presidente Vargas, no Centro. Segundo o Centro de Operações do Rio (COR), o protesto chegou a quatro quilômetros. Manifestantes também pediram aumento das medidas de isolamento nas áreas da cidade com maior número de registro de infecções.
A manifestação em São Paulo se concentrou em frente à Assembléia Legislativa e saiu com destino à Praça Franklin Roosevelt, na República. Manifestantes esticaram uma faixa pedindo o impeachment de Bolsonaro, em frente do Monumento às Bandeiras, no Ibirapuera.