De acordo com as autoridades paraguaias, o jornalista brasileiro Léo Veras, pode ter sido assassinada por um serviço ‘terceirizado’ pelo PCC (Primeiro Comando da Capital). A informação é do comissário Gilberto Freitas, chefe do Departamento Contra o Crime Organizado, da Polícia Nacional do Paraguai, em Pedro Juan Caballero.
A afirmação foi dada na manhã desta segunda-feira (24), durante entrevista à emissora de rádio paraguaia ABC 98.5 FM.
Segundo ele, as armas usadas no homicídio do jornalista teriam sido usadas em outros sete crimes cometidos pelo PCC.
Gilberto destaca também que os nove suspeitos presos no sábado (22), teriam sido contratados especialmente para assassinar Léo.
A apreensão de um Jeep Renegade, levou a polícia a concluir também, que o carro pode ter sido usado pelos criminosos no dia do assassinato.
Os presos são apontados como integrantes da estrutura criminal liderada pelos narcotraficantes Sérgio de Arruda Quintiliano Neto, o “Minotauro”, e Ederson Salinas Benítez, o “Ryguasu”, ambos presos no Brasil, e Márcio Sánchez, o “Aguacate”.
A Polícia entende que foi Waldemar Pereira Rivas, o “Cachorrão”, que continua foragido, que teria executado o jornalista brasileiro.
Uma das nove pessoas presas no sábado é Cintya Raquel Pereira Leite, irmã de “Cachorrão”, que tem uma condenação pendente de 17 anos de prisão no Brasil e deve ser será expulsa do Paraguai e entregue às autoridades brasileiras.
Reportagem do Midiamax aponta que ela é apontada como a pessoa que dirigia o Jeep Renegade no momento da execução de Léo. De acordo com o comissário de Polícia, “Cachorrão” é proprietário de uma série de locais na fronteira onde desova veículos roubados no Brasil e costuma executar serviços de pistolagem para o PCC.
“Os chefões da facção criminosa se passam por empresários e vivem em mansões luxuosas ou hotéis. Esses homens terceirizam os pistoleiros e agora temos de entender como funciona essa estrutura”, declarou.
O comissário também revelou que “Ryguasu”, que está preso em Dourados, teria ordenado a execução de Léo Veras porque o jornalista teria alertado as autoridades brasileiras de quem realmente se tratava o criminoso.
No dia de sua prisão, em Ponta Porã, durante uma discussão no trânsito, ele apresentou uma identidade falsa e seria libertado com o pagamento de uma fiança.
Ainda segundo o comissário, após a suposta intervenção de Léo Veras, a Polícia do Brasil teria descoberto sua verdadeira identidade e “Ryguasu” foi transferido para Dourados. Ao ser informado sobre o que tinha acontecido, ele determinou que pistoleiros executassem o jornalista brasileiro.