A produção de peixes no Brasil cresceu 5,93% ano passado, a 802,3 mil toneladas, o segundo melhor desempenho desde 2014, informou a Associação Brasileira da Piscicultura (Peixe BR) na segunda-feira (23).
O avanço foi puxado pelo aumento do consumo interno durante o segundo semestre de 2020, após impacto negativo no início da pandemia do coronavírus.
"A pandemia acertou a atividade em cheio nas semanas anteriores à Semana Santa, o 'Natal da piscicultura'. As vendas despencaram e trouxeram muita preocupação para os diversos elos da cadeia produtiva", afirmou a associação, em nota.
"Foi preciso refazer planos, ajustar custos e redobrar a atenção”, acrescenta o presidente executivo da Peixe BR, Francisco Medeiros.
Com o cenário da pandemia mais ajustado, o segundo semestre de 2020 foi o melhor da piscicultura nos últimos anos.
"O consumo interno cresceu com consistência e o setor respondeu com maior oferta. Como resultado, os preços aos produtores ficaram em níveis consistentes e os elos da cadeia puderam não apenas recuperar os prejuízos da primeira parte do ano, mas avançar e fechar o balanço no azul", disse a Peixe BR.
O resultado só não foi melhor devido à pressão dos custos, principalmente, das matérias-primas para a produção da ração.
Com a disparada do dólar em 2020, as indústrias de nutrição animal não conseguiram repassar todas as despesas extras, mas "o aquecimento do mercado possibilitou algumas manobras que surtiram resultado”.