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Domingo, 22 de dezembro de 2024

Bolsonaro ignora ataques da Rússia e fala de futebol, Argentina e MST

Ele conversou com apoiadores na entrada do Palácio da Alvorada antes de partir para o interior de São Paulo

24 de fev 2022 - 13h:27 Créditos: Agência O Globo
Crédito: O Antagonista

Em vídeo com apoiadores na manhã desta quinta-feira, na entrada do Palácio da Alvorada, o presidente Jair Bolsonaro falou de vários assuntos: seca no Paraná, MST, jogo do Palmeiras e a situação da Argentina. Mas não comentou o ataque da Rússia à Ucrânia. Ele falou com os apoiadores antes de embarcar para São José do Rio Preto, no interior de São Paulo.

Na semana passada, já em meio ao temor de uma invasão, Bolsonaro visitou a Rússia. Na época, o governo russo ensaiou um recuo, o qual foi visto com descrédito pelos Estados Unidos e aliados. Mesmo assim, por mais de uma vez, Bolsonaro sugeriu que sua passagem pela Rússia tinha ajudado a distensionar o clima. Na ocasião, Bolsonaro também afirmou que Putin era alguém que buscava a paz.

Na conversa com apoiadores nesta quinta, Bolsonaro voltou a criticar o MST e a dizer que retirou dinheiro de entidades ligadas ao movimento. Também perguntou se havia alguém do Paraná no local, para falar da seca que atinge o estado. Conversou com um argentino, oportunidade em que aproveitou para criticar o país vizinho:

"Vou sair daqui a pouco. Conversa com ele como está a Argentina. Vamos aprender com os erros dos outros."

Também perguntou o resultado do jogo do seu time, o Palmeiras que empatou na quarta-feira com o Athletico-PR no primeiro jogo da decisão da Recopa Sul-Americana:

"Não vi o jogo do Palmeiras. Quanto foi alguém sabe?"

Na manhã desta quinta, o vice-presidente Hamilton Mourão, por sua vez, criticou o ataque da Rússia à Ucrânia e comparou o presidente russo, Vladimir Putin, ao líder da Alemanha nazista, Adolf Hitler. Mourão disse que apenas sanções econômicas contra a Rússia não são suficientes, sendo necessário também o uso da força. Segundo ele, se não for feito nada, outros países da região poderão ser invadidos depois pelos russos.

"Tem que haver o uso da força, realmente um apoio à Ucrânia, mais do que está sendo colocado. Essa é a minha visão. Se o mundo ocidental pura e simplesmente deixar que a Ucrânia caia por terra, o próximo será a Bulgária, depois os Estados bálticos, e assim sucessivamente, assim como a Alemanha hitlerista fez nos anos 30", afirmou Mourão em rápida entrevista à imprensa ao chegar ao Palácio do Planalto.

Por outro lado, Mourão evitou criticar Bolsonaro. Questionado se o presidente estava errado, o vice-presidente disse que não comentaria as palavras dele. Perguntado se Bolsonaro estava mal assessorada, respondeu não saber, uma vez que não estava na viagem.

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