Existem centenas de raças de cachorro espalhadas pelo mundo, e algumas delas foram criadas no Brasil. Entre as mais "famosas", como fox paulistinha e fila brasileiro, e outras pouco conhecidas, caso de veadeiro-pampiano e ovelheiro-gaúcho, a maioria foi originada a partir de um cão vindo da Europa. Veja abaixo sete raças de cachorro tipicamente brasileiras, de acordo com a Confederação Brasileira de Cinofilia (CBCK), mas não fique chateado pelo fato de o famoso vira-lata caramelo não fazer parte da lista...
O terrier brasileiro, mais conhecido como fox paulistinha, é provavelmente um dos cachorros mais famosos da lista. A raça foi criada a partir do cruzamento do terrier francês trazido ao Brasil por estudantes que retornavam ao país no começo do século 20. Ele costuma ser alerta, ativo, esperto, amigável e gentil com amigos, mas desconfiado com estranhos. De porte pequeno, seu peso pode chegar a até 10 kg.
Outro cachorro muito conhecido popularmente é o fila brasileiro, que tem origem no cruzamento das raças mastiff, buldogue e bloodhound e carrega características importantes de cada uma delas. De grande porte, seu peso pode variar entre 40 kg e 50 kg. É corajoso, obediente e ótimo cão de guarda, além de dócil e extremamente tolerante com crianças.
O buldogue-campeiro foi criado a partir de buldogues trazidos para o Brasil por imigrantes europeus, em um provável cruzamento do buldogue inglês com o bull terrier. A palavra "campeiro" remete a campo, relacionando a raça ao seu meio de origem. Cão de guarda corajoso e vigilante, mas muito companheiro e dócil com crianças. De porte médio, seu peso pode chegar a 45 kg.
Não há registros oficiais de como o veadeiro-pampiano, também conhecido como veadeiro brasileiro, foi criado, mas acredita-se que tenha surgido a partir do cruzamento de cães de pastoreio e podengos. Presente no Brasil desde o início do século 19, principalmente no Rio Grande do Sul, tem porte médio, e sua altura pode variar de 47 cm a 59 cm, com peso proporcional. É obediente ao dono, mas arredio com estranhos. É de fácil convívio com crianças.
Considerado atualmente raro, o rastreador-brasileiro foi criado por Oswaldo Aranha Filho, em meados da década de 1950. A raça foi desenvolvida por meio de seleção genética a partir do foxhound americano, com o objetivo de ajustar suas características funcionais e sua adaptação ao clima brasileiro. Quase foi extinta na década de 1970, por causa de uma epidemia de piroplasmose causada por carrapatos, mas em 2000 sua criação foi retomada. O rastreador brasileiro é tranquilo, equilibrado, apegado a seu dono e dócil. De grande porte, seu peso pode variar entre 21 kg e 33 kg.
O ovelheiro-gaúcho foi uma raça criada no Rio Grande do Sul e, por ser descendente de cães de pastoreio, tem grandes qualidades exigidas no trato com as delicadas ovelhas, mas também sabe como comandar um rebanho bovino quando necessário. Em 2020, foi declarado Patrimônio Cultural e Genético do Rio Grande do Sul, graças ao trabalho sério e dedicado dos criadores e do Departamento Gaúcho da Raça. É inteligente, ágil e dócil, tem porte médio e pesa entre 20 kg e 35 kg.
A raça dogue brasileiro, cruzamento de boxer e bull terrier, foi criada pelo brasileiro Pedro Ribeiro Dantas na década de 1970, no Rio Grande do Sul. É um cão ativo, atento e observador, de expressão séria para estranhos e meiga com o dono. De porte grande, seu peso pode variar entre 23 kg e 43 kg.