
As lojas chegaram a reabrir nesta segunda, mas muitas voltaram a fechar à medida que os tremores aumentaram e os moradores passaram a temer que isso pudesse desencadear outra erupção. Repórteres da agência de notícias Reuters dizem que os tremores ocorrem a cada 30 minutos.
Especialistas em erupções vulcânicas disseram que os tremores foram causados pelo realinhamento das placas tectônicas e que o risco de uma segunda erupção é pequeno.
Mas as autoridades em Goma pediram cautela e o exército solicitou aos pais que mantivessem seus filhos longe das escolas.
"Em vista do terremoto, que está se tornando mais severo, os pais são convidados a não mandarem seus filhos à escola até novo aviso", disse o porta-voz do exército, Guillaume Ndjike. Muitas pessoas fugiram para Ruanda.
Das 15 pessoas que morreram após a erupção, nove não resistiram a um acidente de trânsito enquanto os moradores fugiam, quatro foram mortas ao tentar escapar da prisão de Munzenze e duas morreram queimadas, segundo o governo.
O número de mortos pode aumentar, pois diversos moradores dizem que parentes morreram ou estão desaparecidos. A Unicef estima que 170 crianças estão desaparecidas.
Goma passou por tragédia semelhante em 2002, quando o mesmo vulcão entrou em erupção e a lava chegou à cidade, matando 250 pessoas e deixando 120 mil desabrigados.
Especialistas do Observatório Vulcânico de Goma, que monitora Nyiragongo, têm tido dificuldades para realizar verificações básicas desde que o Banco Mundial cortou o financiamento em meio a alegações de corrupção.