A direção do Hospital Regional de Campo Grande - MS, unidade de referência para internar pacientes de Covid-19, pelo Sistema Único de Saúde (SUS), se refere à parte dos moradores da capital de insensíveis ao momento delicado.
Campo Grande já registrou mais de 47 médicos da linha de frente infectados pelo coronavírus, sendo que sete profissionais que trabalham no hospital estão afastados de suas funções, por contágio, recordando o grande aumento de casos registrados nos últimos meses na capital deve levar a diretora, Rosana Leite, a ativar o Hospital de Campanha na qual foi montado no início da pandemia.
Em nota a direção do hospital relata o “descaso” mencionando ser “inadmissível”, o descumprimento dos cuidados estabelecidos na prevenção do Coronavirus, sendo estes rodas de tereré, bares e conveniências lotados e em relação ao toque de recolher ressalta que o mesmo não vem sendo respeito em nenhuma região do Município, assim como a superlotação em bares, aglomeração, pessoas sem mascaras, compartilhamento de copos, cuias e narguilés.
Finaliza a nota da seguinte maneira: “chegou a hora de parte da população campo-grandense insensível ao momento delicado em que passamos, com as condições de atendimento das unidades de saúde, e com a vida humana serem responsabilizadas pelas de dezenas de mortes ocasionadas pela COVID-19 em nosso município. Que suas ações egocêntricas e inoportunas não provoquem o colapso na rede pública de saúde, o que ocasionaria mais mortes; pessoas, não números. Para nós do Hospital Regional de Mato Grosso do Sul, que lidamos com a vida humana diuturnamente, 24 horas por dia, sete dias por semana, e que não medimos esforços para salvar vidas, o descaso de vocês é inadmissível”.