
Em entrevista exclusiva para a nossa reportagem, Marcelo Salomão, ex-superintendente da Orientação e Defesa do Consumidor (PROCON/MS), declarou que o envolvimento da política nos debates importantes e que são de interesse público. Assim como a Secretaria de Educação do Estado, Cecilia Motta, Salomão acredita que a educação sul-mato-grossense avançou em comparação com outros estados, mas que ainda há mudanças que precisam ser discutidas.
Temos muito para avançar. Sou extremamente favorável à equiparação do salário do professor efetivo com o professor convocado. Acho que é um projeto que a gente tem que levar adiante e que ainda não existe. Isso tem que ser feito por Lei. Professor não é um só, ele é professor concursado ou convocado. A gente não pode discriminar essa classe do ponto de vista remuneratório.
Para além da equiparação de salário entre os professores, Salomão declarou que é necessário a valorização de todos os servidores administrativos responsáveis pela limpeza e coordenação da rede educacional.
Salomão defende ainda que outros segmentos devem ser debatidos, como a concessionária elétrica e as taxas cartoriais do estado. Ele defende que essa é uma discussão que deve ser feita no campo das Assembleias Legislativas.
Temos que olhar também o que está em volta da educação, no dia a dia das pessoas. Quais são os direitos das pessoas que estão sendo efetivamente garantidos ou não. Eu estive à frente do PROCON por quase sete anos e conheço exatamente os anseios daquele consumidor que é roubado por bancos, os dados do consumidor não são protegidos. E isso envolve professor, diretor, administrativo.

Além disso, o ex-superintendente frisou a importância do debate sobre os preços abusivos de combustíveis, monopolização do setor elétrico e da Petrobrás, leis efetivas sobre o direito das pessoas. Por fim, chamou a atenção para a importância de outros profissionais ocuparem os espaços públicos dos debates políticos.
Primeiro a gente tem que mostrar para os profissionais que eles precisam se motivar no debate. Quando o Poder Público Legislativo convida um segmento para uma audiência pública nós temos poucas participações. Talvez esse modelo não esteja dando certo então. Nós temos que levar essa discussão de forma mais direta para esses segmentos da sociedade. É muito triste quando você chama para um debate e poucas pessoas se interessam.