A CPI da Covid no Senado vai ouvir nesta terça-feira (24) o empresário Emanuel Catori, diretor-presidente da Belcher Farmacêutica, que se apresentava ao governo Jair Bolsonaro como uma representante do laboratório chinês CanSino, fabricante da vacina contra a Covid-19 Convidecia.
Na qual o empresário conseguiu no Supremo Tribunal Federal o direito de não responder a perguntas que possam incriminá-lo, mas está obrigado a responder questionamentos sobre temas que não o incriminem. senadores veem semelhança na atuação da Belcher com a da Precisa Medicamentos, que representava o laboratório indiano Bharat Biotech na negociação das vacinas Covaxin.
A CPI também quer apurar se há relação entre a Belcher e empresários bolsonaristas e o líder do governo na Câmara, deputado Ricardo Barros (PP-PR), uma vez que a empresa tem sede em Maringá, cidade do parlamentar. Barros, que defendeu o imunizante, chegou a dizer que conhece um dos sócios da Belcher.
Conforme informações, o empresário já teve a quebra de sigilos fiscal, bancário, telefônico e telemático aprovado pela comissão. Em junho, o secretário de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, Arnaldo Correia de Medeiros, assinou uma carta de intenção de compra de 60 milhões de doses da Convidecia, vacina de dose única, a US$ 17 por dose.