O governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL), disse que 12 pessoas foram presas sob suspeita de participar de ataques a ônibus nesta segunda (23).
Segundo Castro, os suspeitos vão responder pelo crime de terrorismo. Eles foram encaminhados para prisões federais.
"É importante dizer que prendemos 12 criminosos ateando fogo em ônibus. Esses criminosos já estão presos por ações terroristas. E, como terroristas, estarão sendo diretamente encaminhados para presídios federais. Porque lá é local de terrorista", afirmou ele.
Ao menos 35 ônibus e um trem incendiados no Rio após a morte de Matheus da Silva Rezende, o Faustão, durante uma ação da Polícia Civil na comunidade Três Pontes, na zona oeste da cidade. Segundo denúncias à Justiça, Faustão é a segunda liderança da maior milícia do Rio, que tem como chefe seu tio, Luís Antônio da Silva Braga, o Zinho.
Além das prisões, policiais apreenderam uma pistola, dois fuzis, dezenas de carregadores de fuzil, centenas de munições, coletes, rádios transmissores e celulares.
O governador disse que colocou todo o contingente das forças de segurança nas ruas.
Por fim, disse estar empenhado em prender três das principais lideranças criminosas do estado: Zinho; o miliciano Danilo Dias Lima, conhecido como Tandera; e um dos chefes do Comando Vermelho, Wilton Quintanilha, conhecido como Abelha.
Castro afirmou que Faustão era o número 2 da milícia de Zinho. "Também era conhecido como 'senhor da Guerra'. Aquele que era apontado como responsável pela guerra da facção, mas também pela união entre tráfico e milícia", disse o governador.