Crédito: Secretário de Governo de Corumbá foi preso em operação do Gecoc | (Reprodução) O secretário de Governo de Corumbá, Nilson dos Santos Pedroso, foi preso nesta quinta-feira (23) durante a Operação Fale Cloud, deflagrada pelo Gecoc (Grupo Especial de Combate à Corrupção) do MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul). A ação investiga supostas irregularidades em procedimentos administrativos.
Nilson, que já atuou como superintendente de Compras e Aquisições Governamentais de Itaporã, é um dos três alvos da operação, que também cumpriu seis mandados de busca e apreensão nas cidades de Campo Grande, Corumbá e Itaporã.
A Prefeitura de Itaporã esclareceu que a investigação do MPMS se refere exclusivamente a atos administrativos ocorridos entre 2021 e 2024, durante gestões anteriores.
Já a Prefeitura de Corumbá informou que acompanha o caso com base na lei e na presunção de inocência. Confira a nota na íntegra:
“A Prefeitura de Corumbá informa que tomou conhecimento da prisão do Secretário Municipal de Governo e Gestão Estratégica Nilson dos Santos Pedroso, pelo GAECO/MP-MS, referente a fatos supostamente ocorridos no município de Itaporã. Embora eventuais fatos não tenham ocorrido no município de Corumbá. A administração acompanha o desenrolar dos acontecimentos, observando a lei e a presunção de inocência. Outras informações serão prestadas caso houver necessidade, quando houver desdobramentos oficiais do processo. A atual gestão reafirma seu compromisso com a legalidade, transparência e com a moralidade administrativa, não pactuando com qualquer desvio de conduta, abuso ou irregularidade no âmbito do serviço público municipal.”
Operação Fake Cloud
Segundo o MPMS, as investigações demonstraram a existência de um grupo criminoso estruturado que atua fraudando processos de contratações públicas por dispensa de licitação, voltados ao fornecimento de licença de sistemas de backup de dados em armazenamento em nuvem para o Poder Executivo Municipal de Itaporã, desde 2022.
Conforme os elementos colhidos, após negociações ilícitas dos empresários com agentes públicos, diversos processos foram simulados e direcionados para beneficiar determinada empresa, por meio de propostas fictícias e exigências técnicas elaboradas para bloquear a concorrência.
O cumprimento dos mandados foi realizada após decisão judicial, para apurar os crimes de organização criminosa, fraude em contratações públicas, corrupção ativa e passiva.
Junto aos empresários, os agentes públicos tinham o papel de fornecer informações privilegiadas e organizar a fraude procedimental para o sucesso do grupo criminoso, em contrapartida, recebiam constantes recebimentos de vantagens indevidas.
Fake Cloud foi escolhida como nome da operação devido aos objetos dos contratos, o backup de dados em armazenamento em nuvem, o que não era fornecido ao ente público.



