Crédito: Wilton Junior O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou ter sofrido alucinações provocadas por medicamentos antes de tentar romper a tornozeleira eletrônica, episódio que levou à decretação de sua prisão preventiva no sábado (22). A declaração foi dada durante audiência de custódia, no domingo, quando relatou ter tido um “surto de paranoia” e imaginado que o equipamento continha algum tipo de escuta. Segundo ele, o uso de um dos remédios havia começado cerca de quatro dias antes do ocorrido.
O farmacêutico Marcelo Polacow Bisson, presidente do Conselho Regional de Farmácia de São Paulo e doutor pela Unicamp, explicou ao portal UOL que doses inadequadas de pregabalina e sertralina podem provocar alucinações em alguns pacientes. A sertralina é um antidepressivo que atua na recaptação de serotonina, enquanto a pregabalina age sobre o neurotransmissor glutamato.
O especialista, entretanto, reforça que tais efeitos não são comuns e dependem de predisposição individual ou combinações específicas de dosagens.
Prisão preventiva
A decisão do ministro do STF Alexandre de Moraes destacou que o sistema de monitoramento do Distrito Federal registrou violação da tornozeleira às 0h08 de 22 de novembro. Segundo Moraes, o dano ao equipamento indicaria tentativa de fuga, supostamente facilitada pela mobilização promovida por aliados do ex-presidente. O ministro também citou que outras pessoas próximas a Bolsonaro teriam tentado adotar a mesma estratégia.



