Crédito: The Informant Pela primeira vez desde o fim da última era do gelo, o vulcão Hayli Gubbi, no nordeste da Etiópia, entrou em erupção no domingo (23). A atividade foi confirmada pelo Programa Global de Vulcanismo, mantido pelo Smithsonian Institution, que classificou o evento como histórico, já que o vulcão não apresentava sinais de atividade há cerca de 12 mil anos.
Localizado na região de Afar, a aproximadamente 800 km da capital Addis Abeba e próximo à fronteira com a Eritreia, o Hayli Gubbi está no Vale do Rift, zona de intensa instabilidade geológica onde placas tectônicas se afastam e formam um dos cenários mais ativos de vulcanismo do planeta.
De acordo com o Smithsonian, não havia qualquer registro de erupções do vulcão durante o Holoceno, período iniciado após o fim da era glacial. O vulcanólogo Simon Carn, da Universidade de Michigan, também destacou nas redes sociais que não há evidências de atividade recente do Hayli Gubbi.
O VAAC de Toulouse (Centro de Observação de Cinzas Vulcânicas) informou que o vulcão, com cerca de 500 metros de altitude, expeliu densas colunas de fumaça que atingiram 14 quilômetros de altura. A erupção durou algumas horas e se encerrou no mesmo dia. As cinzas se deslocaram e alcançaram regiões do Iêmen, Omã, Índia e norte do Paquistão.
Vídeos compartilhados nas redes sociais — ainda não verificados pela AFP — mostram uma coluna espessa de fumaça branca subindo em direção ao céu. Até o momento, não há registro oficial de vítimas. O vulcão está situado em uma área remota e pouco habitada, o que dificulta o levantamento inicial de danos.
As autoridades da região de Afar ainda não divulgaram informações sobre moradores afetados ou eventuais deslocamentos.



