Documentos do governo americano revelaram que a Administração Federal de Aviação (FAA) dos EUA teria aprovado provisoriamente correções feitas pela Boeing no sistema automático de navegação dos aviões modelo 737 MAX, que teriam causado a queda recente de duas dessas aeronaves, uma na Etiópia e outra na Indonésia.
Para que a atualização entre em funcionamento e os 737 MAX voltem a voar, diversos testes ainda devem ser realizados em voos simulados
Segundo apurou a publicação The Wall Street Journal, as alterações feitas no software de controle das aeronaves dá maior autonomia aos pilotos do 737 MAX sobre o controle automatizado, reduzindo o Sistema de Aumento de Características de Manobra (MCAS) de maneira que ele não sobrecarregue outros comandos da cabine ou cause falhas de ignição motivadas por leituras erradas de um único sensor”.
Resumidamente, o MCAS é um sistema que força o nariz do avião para baixo automaticamente, visto que a estrutura do 737 MAX naturalmente faz com que a aeronave aponte para cima. Ele deveria funcionar apenas quando os sensores detectam que o avião está indevidamente começando a apontar para cima, porém, no caso dos acidentes, algo deve ter interferido nos sensores e o MCAS jogou indevidamente a aeronave para baixo sem deixar que o piloto interferisse no movimento.
Para que a atualização entre em funcionamento e os 737 MAX voltem a voar, diversos testes ainda devem ser realizados em voos simulados. Caso tudo aconteça sem problemas, as correções poderão ser aplicadas e o software das aeronaves serão devidamente atualizados.