Políticos e autoridades de Mato Grosso do Sul reagiram ao pronunciamento do presidente Jair Bolsonaro sobre a pandemia do coronavírus nesta terça-feira (24). O presidente pediu a "volta à normalidade", o fim do "confinamento em massa" e disse que os meios de comunicação espalharam "pavor".
O governador do estado, Reinaldo Azambuja (PSDB), disse que o país precisa de bom senso, serenidade e equilíbrio nessa hora extrema e completou dizendo que a hora exige alta responsabilidade dos governos, das empresas e dos cidadãos. Apontou ainda que vai manter as medidas adotadas até o momento. O prefeito de Campo Grande, Marquinhos Trad (PSD), afirmou que entre perdas econômicas e vidas, “Campo Grande abraça as pessoas e a vida”.
Já a senadora Simone Tebet (MDB), se mostrou perplexa após o pronunciamento e a deputada federal Bia Cavassa (PSDB), disse que o discurso foi o mais infeliz, irresponsável e inconsequente de todos os tempos.
Em Mato Grosso do Sul, até a manhã desta quarta-feira (25) haviam sido confirmados 25 casos do novo coronavírus e outros 38 suspeitos.
Veja, abaixo, a repercussão ao pronunciamento:
Reinaldo Azambuja (PSDB), governador de Mato Grosso do Sul
“O país precisa de bom senso, serenidade e equilibro nesta hora extrema, difícil! Precisamos salvar vidas, combatendo a pandemia e também o caos econômico e social, representado pela possibilidade de desemprego agudo, agravamento da fome entre os mais vulneráveis e o desabastecimento da população! Ninguém está imune! Para superar essa tragédia, todos temos que ser parte da solução. A hora exige alta responsabilidade, dos governos, das empresas , dos cidadãos.”
Marquinhos Trad (PSD), prefeito de Campo Grande
Afirmou que entre as possíveis perdas econômicas e a de vidas, “Campo Grande abraça as pessoas e a vida”. Ele também disse que vai manter todos os decretos restritivos publicados nas ultimas semanas.
Marcelo Iunes (PSDB ), prefeito de Corumbá
Disse que vai continuar adotando as medidas restritivas na cidade e que não vai permitir que nenhum inocente morra por omissão do Poder Público.
Hélio Peluffo (PSDB), prefeito de Ponta Porã
Ele citou que a Índia iniciou um isolamento de mais de 1 bilhão de pessoas por conta do coronavírus e que seria um grave erro adotar medidas diferentes.
Simone Tebet (MDB), senadora
Se mostrou perplexa após o pronunciamento
Fábio Trad (PSD), deputado federal
Chamou o pronunciamento de indigno, irresponsável e que desinforma a população, prestando um desserviço à democracia. Disse também que Bolsonaro insinua uma conspiração da imprensa sem apresentar um fato concreto
Beto Pereira (PSDB), deputado federa
Considerou lamentável o presidente tratar com descaso e desdém uma situação de tamanha gravidade. Segundo o tucano, nesse momento, é preciso responsabilidade e equilíbrio para conduzir essa crise.
Vander Loubet (PT), deputado federal
Disse que o pronunciamento de Bolsonaro, cheio de piadas, ironias e auto elogios atesta que o presidente não é o líder que o Brasil precisa para enfrentar a realidade atual.
Rose Modesto (PSDB), deputada federal
Disse que o discurso causa temor por ir contra o que especialistas do mundo todo orientam, que é a quarentena.
Luiz Ovando (PSL), deputado federal
Afirmou que Bolsonaro está certo, porque é preciso pensar com maior amplitude e horizonte. Segundo ele, trata-se de uma doença limitada e que o isolamento é algo mais psicológico, porque com el, o vírus não desaparece.
Bia Cavassa (PSDB), deputada federal
Disse que o discurso foi o mais infeliz, irresponsável e inconsequente de todos os tempos.
Dagoberto Nogueira (PSDB), deputado federal
Condenou a postura de Bolsonaro de criticar a imprensa e governadores e disse que o presidente deveria seguir o exemplo do ministro da saúde, Luiz Henrique Mandetta.