Um confinamento de gado está tendo bons resultados ao investir em tecnologia e automação, no município de Estrela D'oeste, em São Paulo.
Na propriedade, a alimentação dos animais, por exemplo, é programada em um computador por um zootecnista.
E em cada piquete, há um sensor: um leitor no caminhão, onde é carregada a comida, consegue enxergá-lo e, assim, passar as informações para um software que libera a ração.
O confinamento é uma das formas de produzir carne em que os animais são criados no campo e nos últimos três meses de vida, vão para um espaço pequeno, onde recebem alimentação no cocho, o que acelera o processo de engorda.
Este setor está em um bom momento. Com a arroba batendo recordes de preço, aumentou também o número de confinamentos no país.
Em 2020, foram mais de 6 milhões de cabeças engordadas a cocho, 6% a mais do que no ano anterior.
Essa ração tem soja, milho, um combinado de sais minerais e muito feno, que é o capim seco, também chamado de volumoso. Ele é uma importante fonte de fibra na dieta dos bovinos, ajudando na digestão.
O confinamento consegue melhorar a eficiência alimentar dos animais, que é a divisão do ganho de peso diário pela quantidade de ração consumida.
Uma medida para ajudar no bem-estar dos animais é diminuir a poeira no confinamento. Isso ajuda a evitar também a pneumonia comum no período de seca.
O zootecnista Fernando Parra afirma que tecnologia nem sempre é sinônimo de alto custo para o criador.
"Quando a gente fala em tecnologia, tem muitas ações simples que o pequeno [criador] também pode fazer. Um exemplo é fazer uma leitura de cocho de manhã. Fazer uma boa limpeza de bebedouro, que é um controle, Muitas vezes não precisa ser um software, mas um papel, uma anotação bem feita, trabalhar os dados", diz Parra.