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Segunda, 23 de dezembro de 2024

Otan: Finlândia e Suécia não chegam a acordo com Turquia em missão

Países escandinavos buscam apoio dos turcos para conseguirem ingressar na organização

25 de mai 2022 - 14h:53 Créditos: Ansa
Crédito: Reprodução/Otan

Terminou sem acordo a missão diplomática enviada por  Finlândia e Suécia para garantir o apoio da Turquia à adesão dos dois países escandinavos à Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan).

Após a conclusão da rodada de conversas em Ancara nesta quarta-feira (25), Ibrahim Kalin, porta-voz do presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, disse que os três lados não conseguiram chegar a um consenso, mas destacou que o diálogo "vai continuar".

De acordo com Kalin, a Turquia pede o fim do apoio de Finlândia e Suécia a grupos "terroristas" para endossar a candidatura dos dois países à Otan.

Ancara acusa Helsinque e Estocolmo de dar refúgio a militantes do Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK), movimento que luta pela criação de um Estado curdo e que é considerado uma organização terrorista pelo governo turco.

"Não enviamos dinheiro a organizações terroristas, obviamente, nem armas", afirmou a premiê sueca, Magdalena Andersson, durante uma coletiva de imprensa em Estocolmo nesta quarta-feira.

Além disso, uma fonte de dentro da aliança euro-atlântica contou à ANSA que a ameaça de veto da Turquia incomodou os Estados Unidos, principal financiador da organização militar.

"Se a estratégia é a de obter concessões dos EUA e de outros aliados, estão alcançando o efeito contrário", afirmou.

Finlândia e Suécia mantinham uma histórica política de neutralidade militar entre o Ocidente e Moscou, porém abandonaram essa estratégia depois da invasão russa à Ucrânia, que não faz parte da Otan.

As duas nações escandinavas devem participar da próxima reunião da aliança, em Madri, no fim de junho, mesmo com o processo de adesão ainda em andamento.

O presidente da Rússia, Vladimir Putin, já disse que não considera a entrada de Finlândia e Suécia na Otan como uma "ameaça", porém alertou que a resposta de Moscou dependerá da presença militar da organização nos dois países. 

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