Policiais da Espanha estão investigando a morte de John McAfee, criador do antivírus, que levava o seu nome.
O corpo foi encontrado na quarta-feira (23), em sua cela na prisão Brians 2, perto de Barcelona, poucas horas depois de a Justiça espanhola aprovar sua extradição para os Estados Unidos.
Havia possibilidade de recurso por parte da defesa. E a autorização para a extradição ainda deveria ser aprovada pelo governo espanhol.
"Houve uma morte que, aparentemente, aponta para suicídio, mas a confirmação virá pela necropsia", que deverá ser realizada nos próximos dias, afirmou a porta-voz do sistema prisional da Catalunha.
McAfee, de 75 anos, estava naquela prisão desde sua detenção em 6 de outubro de 2020, quando estava prestes a embarcar em um voo para Istambul.
No dia 15 daquele mês, uma postagem de sua conta no Twitter dizia "Estou contente aqui. Eu tenho amigos. A comida é boa. Está tudo bem".
As autoridades americanas emitiram um mandado de captura pela Interpol e solicitaram sua extradição. De acordo com o pedido, protocolado em novembro, McAfee ganhou mais de US$ 12 milhões entre 2014 e 2018 sem declarar impostos.
Se fosse condenado, teria enfrentado até 30 anos de prisão.
McAfee envolveu-se em várias polêmicas com drogas, armas e até suspeita de assassinato.
Em sua popular conta no Twitter, ele se definia como um "amante de mulheres, aventuras e mistérios".
Sua esposa Janice reclamou que ele "não estava bem" na prisão espanhola e que demorava muito para receber atendimento médico.
McAfee causou polêmica em 2012, quando foi morar em Belize, onde um vizinho seu foi encontrado misteriosamente assassinado. O caso ainda não foi solucionado.
A polícia, que tentou interrogar McAfee sobre o caso, descobriu que o empresário morava com uma garota de 17 anos e possuía armas em sua casa. Posteriormente, ele desapareceu.
McAfee ficou foragido por meses e, em 2015, foi preso nos Estados Unidos por dirigir sob a influência de entorpecentes. Em 2019, voltou a deixar o país.