
O corpo de Juliana Marins, brasileira que morreu na trilha do vulcão Rinjani, na Indonésia, foi içado e retirado do local nesta quarta-feira (25). O trabalho de resgate levou mais de sete horas.
A informação foi confirmada pelo chefe da Agência Nacional de Busca e Resgate da Indonésia, marechal Muhammad Syafi’i. Um dos socorristas filmou parte do trajeto onde o corpo foi encontrado, em uma área íngreme.
O corpo da brasileira foi levado para o posto de Sembalun em uma maca. Em seguida, passará por uma perícia na Indonésia antes de ser liberado para o Brasil.
“Após a entrega oficial do corpo pela Basarnas ao hospital, o processo de repatriação ou procedimentos posteriores ficarão a cargo das autoridades e da família”, explicou Muhammad Syafi’i à imprensa indonésia.
Três equipes participaram do resgate, que iniciou por volta de 1h40 desta quarta-feira, no horário de Brasília. Ao todo, sete pessoas acompanharam o trabalho, em dois pontos diferentes, a 400 e 600 metros de profundidade.

Traslado ao Brasil terá que ser pago pela família da vítima
O transporte do corpo de Juliana Marins ficará a cargo da família da vítima, segundo o Ministério das Relações Exteriores. Conforme a pasta, o traslado de brasileiros falecidos no exterior é uma decisão da família e não pode ser custeado com recursos públicos.
O papel das embaixadas e consulados é oferecer orientações à família, apoiar os contatos com autoridades locais e providenciar documentos, como o atestado de óbito. O ministério ainda reforçou que não divulga detalhes sobre a assistência prestada a cidadãos brasileiros no exterior.
Quem era Juliana Marins, brasileira que morreu em vulcão na Indonésia
Juliana Marins era moradora de Niterói, no Rio de Janeiro, e partiu em “mochilão” pela Ásia em fevereiro deste ano. Ela conheceu países como Vietnã, Tailândia e Filipinas.
Apaixonada pela natureza, a brasileira de 26 anos era publicitária e dançarina. Ela compartilhava com frequência as fotos da viagem nas redes sociais.
Após quatro dias de buscas, as equipes de resgate encontraram o corpo de Juliana Marins na encosta do vulcão Rinjani, na Indonésia, na terça-feira (24). Uma série de problemas impediu que os socorristas chegassem à brasileira a tempo.
Ela estava no segundo dia de trilha quando despencou cerca de 300 metros do local onde o grupo se encontrava, por volta das 19h de sexta-feira (20) pelo horário de Brasília. A família alega que ela foi abandonada pelo guia da excursão, que seguiu viagem sem a brasileira.