A modalidade que trouxe mais medalhas olímpicas ao Brasil na história entregou mais uma no segundo dia das Olimpíadas de Tóquio 2020.
A 23ª medalha do judô brasileiro em Jogos Olímpicos veio na manhã deste domingo (25), com o gaúcho Daniel Cargnin.
O judoca de 23 anos da Sogipa venceu o israelense Baruch Shmailov para levar o primeiro bronze do Brasil na competição, na categoria peso-meio-leve (até 66kg).
Cargnin tinha dificuldade para conseguir a pegada, mas buscou o confronto e deu duas entradas sem sucesso. Com um minuto, Shmailov recebeu uma punição por falta de combatividade. Em seguida, o brasileiro obteve um wazari com um belo golpe.
A luta precisou ser interrompida, porque Cargnin sofreu um corte no nariz numa entrada do israelense. Ele recebeu atendimento para deter o sangramento. Quando voltou, Shmailov veio para cima com tudo.
O israelense quase completou uma queda, mas Cargnin girou no ar para evitar a pontuação. Nos segundos finais, o brasileiro tomou punição por falta de combatividade, mas preservou a vitória. Ao fim da luta, chorou com o treinador Yuko Fujii.
Sobre a luta do bronze, Cargnin contou como se preparou para a disputa após a derrota na semifinal.
- Quando fui lutar a última, eu pensei, "Nossa, esse cara lembra que na última vez que eu lutei, eu venci ele!" Tentei me motivar porque perdi a semi! - contou na zona mista ao ge.
Algoz de Cargnin na semifinal, o japonês Hifumi Abe conquistou a medalha de ouro ao vencer o georgiano Vazha Margvelashvili com um wazari na final.
O sul-coreano Baul An completou o pódio com a outra medalha de bronze, depois de vencer o italiano Manuel Lombardo.