Principal suspeito de matar com tiro na cabeça e esquartejar o jogador de futebol em Sete Quedas, Danilo Alves Vieira da Silva, 19, passou cinco dias na casa da namorada e outros dois dias “escondido” na residência de um amigo da família antes de desaparecer. O rapaz é considerado foragido.
Um dia depois que a Polícia Civil divulgou cartaz de “Procurado” com a foto de Danilo, no dia 6 de julho, a jovem de 26 anos com quem ele tinha um relacionamento e o amigo de longa data da família do rapaz procuraram as autoridades para informar que nada sabiam antes sobre a gravidade do crime.
A moça disse ter recebido o namorado em casa no sábado, dia 25 de junho, dia em que Danilo teria matado Hugo Vinícius Skulny Pedrosa, 19. Danilo teria dormido com ela até o dia 29. Ausentava-se apenas “para trabalhar”, disse sem especificar onde o jovem “cumpria expediente”.
Ela se lembra dos dois terem “ficado juntos”, jantado sushi e ido à igreja, mas Danilo nada teria dito sobre o sumiço de Skulny, cujos restos mortais começaram a ser encontrados no dia 2 de julho.
Já o amigo da família procurou a polícia no dia 8 de julho. Contou que Danilo passou dois dias em sua casa, 30 de junho e 1º de julho, porque o pai do rapaz o procurou, dizendo que o filho estava sendo investigado. O homem garante, contudo, que não sabia que o jovem havia cometido um crime.
Ele relatou que levou o suspeito a uma festa do laço no sábado, dia 1º, mas que após receber ligação do pai, Danilo deixou o local e sumiu. O homem acredita que a fuga tenha sido para o Paraguai.
O crime – Para a polícia, a ex-namorada de Hugo, Rubia Joice de Oliver Luivisetto, 21, e o "ficante" dela, Danilo Alves, premeditaram o assassinato do jogador. A jovem está presa por ocultação de cadáver. - CREDITO: CAMPO GRANDE NEWSDe acordo com o que foi divulgado da investigação até agora, Hugo saiu de uma festa em posto de combustíveis na cidade de Pindoty Porã, cidade paraguaia que faz fronteira com Sete Quedas, na madrugada do dia 25 de junho. Ele deixado por amigos na casa da ex-namorada e, desde então, não foi mais visto. A família então procurou a polícia e registrou um boletim de desaparecimento.
Uma denúncia anônima levou as buscas pelo jogador ao Rio Iguatemi. O Corpo de Bombeiros trabalhou intensamente, sem sucesso nos três primeiros dias, mas, então, a polícia chegou até "Maninho" – amigo de Rubia que confessou ter ajudado na ocultação do cadáver. Ele apontou onde o corpo do jogador foi desovado, um ponto do rio que passa por dentro da propriedade rural da família de Danilo.
No dia 2 de julho, bombeiros passaram a localizar partes do corpo da vítima. Foi então que a polícia percebeu a premeditação do crime: os envolvidos haviam cortado a vítima em pequenos pedaços.
Versão – Rubia narrou que na noite do dia 24 de junho, um sábado, foi para a festa no posto de combustíveis e saiu de lá quase de manhã. Diz que passou a noite na mesma mesa de Danilo e quando estava de saída, o rapaz pediu que ela fosse até a casa dele buscá-lo para que os dois passassem a noite juntos. Já estava quase amanhecendo quando ela decidiu deixar o local e foi até Danilo. Na casa do “ficante”, também estava Maninho.
A jovem afirma que todos seguiram para a casa dela. Maninho foi para um dos quartos, enquanto ela e o “ficante” foram para outro. Em determinado momento, narrou a jovem, Hugo teria invadido a casa e entrado no quarto a chamando de vagabunda. Ela se levantou e tentou empurrá-lo para fora da residência, quando de repente, pelas suas costas, Danilo atirou contra Hugo.
Ela diz que o “ficante” mandou que todo mundo ficasse quieto ou todos morreriam e que, então, ele e o amigo colocaram o corpo no carro dela para se livrarem dele. Disse que não sabia o que havia sido feito do cadáver, muito menos do esquartejamento.
A moça afirmou ainda que não atraiu o ex-namorado para sua casa e que o fato de ele ter aparecido lá, se encontrando com Danilo armado, foi coincidência.
Ela teve o primeiro pedido de liberdade negado, mas a defesa da jovem ainda tenta habeas corpus. Por enquanto, a prisão de Rubia é temporária – por 30 dias prorrogáveis por igual período.