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Domingo, 22 de dezembro de 2024

Santa Cruz afirma que Bolsonaro “não consegue avançar” nos ataques às instituições por ter um governo “administrativamente frágil”

Presidente da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil), Felipe Santa Cruz, afirmou na 3ª feira (24.ago.2021) que o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) é apenas “administrador de uma franquia, e não a matriz do fascismo no mundo”.

25 de ago 2021 - 10h:07 Créditos: DAIANE SCHUINDT
Crédito: Assessoria

Presidente da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil), Felipe Santa Cruz, afirmou na 3ª feira (24.ago.2021) que o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) é apenas “administrador de uma franquia, e não a matriz do fascismo no mundo”. As críticas foram feitas durante entrevista ao PoderDataCast, programa da divisão de podcasts do Poder360.

Conforme Santa Cruz, Bolsonaro “não consegue avançar” nos ataques às instituições por ter um governo “administrativamente frágil”. “A Hungria e a Turquia têm perseguido magistrados, inclusive levando a União Europeia a ter uma preocupação específica com a situação da independência da magistratura nesses Estados, por conta dessa perseguição”.

Bolsonaro enviou ao Senado em 20 de agosto um pedido de impeachment contra o ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Alexandre de Moraes. Na mesma data, afirmou que entregaria nos “próximos dias” processo contra Roberto Barroso, presidente do TSE (Tribunal Superior Eleitoral).

Para Felipe Santa Cruz, “não há qualquer propriedade na representação apresentada pelo presidente”. E completa: “[Dessa forma,] Ele cria uma crise entre os Poderes, que devem ser harmônicos e independente”.

“Ele [Bolsonaro] poderia até discutir a hipótese de assinar como cidadão. Mas ele o faz na 1ª pessoa, como presidente da República, querendo claramente levar o país a algum tipo de impasse institucional. Ou quem sabe, sendo mais processualista, gerar algum tipo de suspeição contra o ministro Alexandre de Moraes, que vai presidir o processo eleitoral. Todos sabemos que o presidente tem uma obsessão com o processo eleitoral de 2022?.

De acordo com Santa Cruz, essa “obsessão” não deixou Bolsonaro trabalhar na administração do Brasil nesses 2 anos e meio. “Parece ter mais um ponto estratégico nesse pedido”, diz.

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