Maria Gadú e Paulinho Moska dividiram o palco na segunda noite do Festival de Inverno de Bonito 2023, cantaram músicas autorais e interpretaram canções apaixonantes como “Quem sabe isso quer dizer amor”, dos irmãos Lô e Márcio Borges, do Clube da Esquina. Juntos, encantaram o público na noite de quinta-feira (24) com “Altar Particular”, de autoria dela, e “A idade do Céu”, dele.
Paulinho Moska subiu primeiro ao palco e cantou sucessos autorais como “A seta e o Alvo” e “O último dia”, além de “Lágrimas de Diamantes”, “Que beleza, a beleza” (abrindo o show), “Admito que perdi” e “Jeito é não ficar só”. Ele também interpretou músicas de outros artistas, como o rock “Metamorfose Ambulante”, de Raul Seixas. Já Maria Gadú cantou e encantou o público com “Dona Cila”.
Antes do show, passearam pelas atrações culturais por Bonito e assistiram à banda Bala Desejo. Após o espetáculo, conversaram com a Assessoria de Comunicação do Festival e falaram sobre a experiência de vivenciar momentos únicos em Mato Grosso do Sul:
– A gente se encontrou aqui há anos atrás, em Corumbá – contou Paulinho Moska.
– Foi um encontro maravilhoso, aquele festival brilhante de encontros inclusive latinos – Maria Gadú continuou, se referindo ao Festival América do Sul.
– Eu já tinha vindo a Bonito e feito um show também, mas nunca tinha vindo passear. Dessa vez eu tomei a decisão de vir aqui com a minha família para passar uns cinco dias porque uma parte da equipe foi dar um passeio hoje (24) de manhã e ficou muito impressionada com o lago, contaram coisas lindas, eu já tinha visto fotos. Já tá agendado com minha companheira a vinda para cá – prosseguiu Moska.
– Eu já tinha vindo já – disse Gadú.
Em relação ao relato da sua equipe sobre as belezas naturais de um dos destinos turísticos mais premiados do Brasil, Moska deu mais detalhes:
– Eles mergulharam em um aquário, perfeito, com água limpíssima que dava para ver, além dos peixes, as plantas, o chão, enfim, era uma experiência única de 40 minutos, boiando em silêncio, olhando como se fosse um peixe mesmo, então, é uma coisa forte para a gente que está lá no concreto.
Já Gadú falou mais sobre a importância dos festivais, como os realizados em Mato Grosso do Sul:
– Festivais são coisas plurais, acho que a arte é uma coisa de contemplação e comunhão. Não tem como falar de arte e não falar de unitário. Ninguém vive sozinho dentro da arte. É uma atividade comunicativa, com muitas áreas. Sou muito fã de festivais e acho que festivais têm que acontecer no Brasil todo. Enfim, eu vim a Mato Grosso do Sul com a minha profissão de musicista, através de festivais. Primeiro, no Festival de Inverno de Bonito há mais de 10 anos, depois nesse Festival de Corumbá. Enfim, acho que os festivais reúnem e a arte é de reunião. O público está reunido, a gente está reunido. Quando reúne mais de um artista é mais interessante para o público e pra gente que troca, que tem a oportunidade de se comunicar com outras culturas, percepções da música. É fantástico.
Renata Sena
O Palco das Águas contou ainda com Renata Sena, que abriu o show de Paulinho Moska e Maria Gadú com um pouco da música portuguesa e de sons bem brasileiros, como Água de Beber, de Tom Jobim e Vinícius de Moraes.