Pela terceira vez neste ano dirigentes e lideranças nacionais do PSD cravaram seu apoio à candidatura de Marquinhos Trad ao governo de Mato Grosso do Sul. Ontem (quarta-feira, 24), em Brasília, durante encontro nacional para celebrar os 10 anos do partido no Centro de Convenções do Hotel Royal Tulip, o presidente nacional da legenda, Gilberto Kassab, e o senador Rodrigo Pacheco, presidente do Senado, defenderam a inclusão de cláusulas num manifesto que advoga o lançamento do maior número de candidatos pessedistas aos governos estaduais.
Anteriormente, neste ano e em outras duas ocasiões, Kassab já se havia pronunciado com a indicação de que a direção nacional considerava ajustada a candidatura do prefeito de Campo Grande. Desta vez, no encontro de Brasília, Kassab, Pacheco e outras lideranças influentes no País trataram o nome de Marquinhos como peça do time principal da sigla para as disputas estaduais majoritárias de 2022.
ACEITAÇÃO
O manifesto do PSD sugere, claramente, que candidaturas como a de Marquinhos Trad são fundamentais, pois seus dirigentes entendem que são nomes com aceitação maiúscula na sociedade e têm chances reais de êxito. O documento, divulgado durante o encontro, cita entre os objetivos político-eleitorais prioritários o lançamento de candidatura própria para presidente da República; a ampliação das bancadas nas Assembleias Legislativas, Senado e Câmara dos Deputados; e definir o maior número possível de candidaturas aos governos estaduais.
Este último item é sugestivo. As candidaturas próprias nas sucessões estaduais alimentam as campanhas das chapas proporcionais e dão maior visibilidade e inserção aos nomes que disputam vagas parlamentares de representação estadual e nacional. Segundo fontes ligadas ao PSD sul-mato-grossense, Marquinhos está pontuando com destaque na linha de frente da pré-temporada da corrida sucessória.
Analisam também os pessedistas locais que enquanto Marquinhos já está ungido pela direção nacional, alguns adversários ainda precisam destravar algumas barreiras em seus caminhos. O ex-governador André Puccinelli (MDB) faz sua pré-campanha, porém está no aguardo da manifestação oficial do partido. Eduardo Riedel (PSDB) segue atrelado ao papel de secretário de Estado (é da Pasta da Infraestrutura) e está proibido de fazer pré-campanha. Além disso, os tucanos de todo o Brasil ainda estão enganchados nas prévias para escolha do candidato à sucessão presidencial.
SINAIS
Algumas sinalizações do ingresso do prefeito campo-grandense no páreo eleitoral do ano que vem podem ser observadas ou traduzidas no dia-a-dia da política e da vida pública local. Nas sessões da Câmara Municipal, por exemplo, o comportamento e os discursos de vereadores denunciam a ansiedade ou a intenção de escancarar que a condição de pré- candidato já entrou na rotina de Marquinhos Trad. Outro sinal perceptível foi uma nota divulgada pela primeira-dama e presidente do Fundo de Apoio à Comunidade (FAC), Tatiana Trad, para negar que estaria escalada para ser a vice de Eduardo Riedel.
Para negar a suposta especulação, Tatiana escreveu esta mensagem, que pode servir para um bom exercício de leitura de entrelinhas: "Vou continuar caminhando ao lado do meu esposo e o PSD terá candidato ao Governo do Estado. Os nomes que vão compor a chapa serão escolhidos pensando no melhor para Mato Grosso do Sul e não por arranjos. A política não é um negócio e sim um instrumento para transformar vidas, uma oportunidade de servir ao próximo. O fato de o meu nome ser cogitado demonstra a importância do nosso trabalho ao lado do Marquinhos esses anos. Agradeço esse reconhecimento".