Crédito: Divulgação/Gaeco O Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado) deflagrou nesta terça-feira (25) o quarto desdobramento da Operação Sucessione, que investiga uma organização criminosa ligada ao jogo do bicho em Mato Grosso do Sul. A nova fase mira ao menos 20 alvos de prisão, incluindo integrantes do clã Razuk, e cumpre mandados em cinco cidades do Estado — Dourados, Campo Grande, Corumbá, Maracaju e Ponta Porã — além de endereços no Paraná, Goiás e Rio Grande do Sul.
Em nota, o Ministério Público de Mato Grosso do Sul afirmou que as fases anteriores da Sucessione identificaram uma “organização criminosa armada e violenta, dedicada à exploração de jogos ilegais, corrupção e outros delitos”. Segundo as investigações, o grupo agia com uso de armas de fogo e praticava roubos para disputar o monopólio do jogo do bicho em Campo Grande, especialmente após o vácuo deixado pela Operação Omertà, que desarticulou a milícia que dominava o setor.
Nas ações desta manhã, equipes apreenderam armamentos e dinheiro em espécie, mas o balanço oficial ainda não foi divulgado. Entre os presos estão o pai e dois irmãos do deputado estadual Neno Razuk (PL), que já havia sido alvo de fases anteriores da Sucessione.
O Gaeco aponta que, durante a continuidade das investigações, foi possível identificar mais 20 integrantes da organização criminosa, incluindo novos líderes que atuariam na expansão do esquema para diversos municípios de Mato Grosso do Sul.
A operação conta com apoio da Polícia Militar, por meio do Batalhão de Choque, BOPE, Corregedoria e Força Tática. O nome “Sucessione” — inspirado no termo italiano “sucessão” — faz referência à disputa pelo comando do jogo do bicho na Capital após a derrubada da antiga estrutura criminosa.



