Crédito: Assessoria Nas últimas semanas, o mercado brasileiro do boi gordo seguiu sem grandes novidades, com os preços da arroba estacionados em patamares ainda altos, embora muitos pecuaristas estejam com dificuldade para fechar as contas neste momento, devido aos altos custos dos insumos pecuários e dos animais de reposição. “O panorama do mercado atual possui fundamentos bem enraizados, ancorados pela escassez de animais terminados, baixo consumo doméstico de carne bovina e pelo forte fluxo das exportações', resumem os analistas da IHS Markit.
“O panorama do mercado atual possui fundamentos bem enraizados, ancorados pela escassez de animais terminados, baixo consumo doméstico de carne bovina e pelo forte fluxo das exportações', resumem os analistas da IHS Markit.
Segundo apuração da Scot Consultoria, nesta sexta-feira (25/2), as cotações do boi gordo e da vaca pronta para abate não sofreram alterações no mercado paulista, em relação ao dia anterior.
Com isso, o macho terminado segue valendo R$ 338/@ e a vaca é negociada a R$ 303/@ (preços brutos e a prazo), informa a Scot.
Com boa demanda para exportação e a oferta enxuta, negócios com o chamado boi-China (abatido mais jovem, geralmente com idade abaixo de 30 meses) já saem a R$ 355/@ nas praças paulistas, acrescenta a Scot.
Ainda de acordo com a consultoria, nesta sexta-feira, a novilha gorda teve reajuste de R$ 2/@ em São Paulo, chegando a R$ 332/@ (a prazo, valor bruto), também estimulada pelo avanço da demanda externa.
Segundo levantamento da IHS Markit, a semana foi marcada pelo encurtamento das escalas de abate dos frigoríficos brasileiros, sobretudo nas praças do Centro-Sul, onde as indústrias atuam com maior vigor para atender o forte crescimento das exportações.
Destaque para as unidades de São Paulo, que buscam boiadas gordas em Estados vizinhos, chegando até em regiões mais distantes, como Goiás e até Maranhão, informa a IHS.
Guerra no leste europeu – Outro fator que segue como destaque é o início do conflito geopolítico entre Rússia e Ucrânia.
Os dois países figuram entre os maiores produtores e exportadores de commodities, sobretudo milho, trigo, além de suínos. “O embate entre os dois países trouxe grandes choques para os preços globais destes produtos', afirma os analistas da IHS Markit, acrescentando que os contratos futuros negociados na Bolsa de Chicago e na ICE-Londres subiram vertiginosamente, enquanto o impacto no Brasil foi na taxa de câmbio – o dólar saltou de R$ 5 para R$ 5,13 entre quarta e quinta-feira.
“O embate entre os dois países trouxe grandes choques para os preços globais destes produtos', afirma os analistas da IHS Markit, acrescentando que os contratos futuros negociados na Bolsa de Chicago e na ICE-Londres subiram vertiginosamente, enquanto o impacto no Brasil foi na taxa de câmbio – o dólar saltou de R$ 5 para R$ 5,13 entre quarta e quinta-feira.
Diante deste cenário, pecuaristas e indústrias frigoríficas já começam a reavaliar os seus cálculos e computar os custos para as semanas vindouras, relata a IHS.
Curto prazo – O mês de março deve ser caracterizado por uma menor oferta de animais, ao passo em que os volumes atuais de boiada gorda vão se exaurindo, prevê a IHS.
Além disso, continua a consultoria, com o término do período de chuvas, pecuaristas também não terão flexibilidade suficiente para reter os animais nas fazendas, devido à queda de qualidade dos pastos. “Os aumentos nos custos de produção para recria e engorda também devem impactar na formação de preço da arroba do boi gordo, diante da forte escalada das cotações dos grãos', observam os analistas. “Março deve trazer enormes desafios à cadeia pecuária brasileira, com grandes embates entre os agentes do mercado', prevê a IHS.
“Os aumentos nos custos de produção para recria e engorda também devem impactar na formação de preço da arroba do boi gordo, diante da forte escalada das cotações dos grãos', observam os analistas. “Março deve trazer enormes desafios à cadeia pecuária brasileira, com grandes embates entre os agentes do mercado', prevê a IHS.
No mercado atacadista da carne bovina, a semana termina sem alterações significativas, mesmo com a chegada do feriado prolongado de Carnaval, teoricamente marcado pelo avanço das vendas no varejo e, consequentemente, pela maior demanda por parte dos distribuidores da proteína.
No entanto, relata a IHS, as expectativas agora seguem voltadas para o recebimento dos salários a partir do 5º dia útil do mês de março.
A entrada de dinheiro na conta dos trabalhadores poderá resultar em aumento, embora ainda tímido, da procura pela carne bovina, disparado a proteína preferida dos brasileiros.
Cotações máximas de sexta-feira, 25 de fevereiro, segundo dados da IHS Markit:
SP-Noroeste:
boi a R$ 345/@ (prazo) vaca a R$ 305/@ (prazo)
MS-Dourados:
boi a R$ 315/@ (à vista) vaca a R$ 295/@ (à vista)
MS-C.Grande:
boi a R$ 317/@ (prazo) vaca a R$ 292/@ (prazo)
MS-Três Lagoas:
boi a R$ 315/@ (prazo) vaca a R$ 297/@ (prazo)
MT-Cáceres:
boi a R$ 305/@ (prazo) vaca a R$ 285/@ (prazo)
MT-Tangará:
boi a R$ 305/@ (prazo) vaca a R$ 286/@ (prazo)
MT-B. Garças:
boi a R$ 305/@ (prazo) vaca a R$ 290/@ (prazo)
MT-Cuiabá:
boi a R$ 307/@ (à vista) vaca a R$ 295/@ (à vista)
MT-Colíder:
boi a R$ 305/@ (à vista) vaca a R$ 285/@ (à vista)
GO-Goiânia:
boi a R$ 312/@ (prazo) vaca R$ 295/@ (prazo)
GO-Sul:
boi a R$ 317/@ (prazo) vaca a R$ 305/@ (prazo)
PR-Maringá:
boi a R$ 310/@ (à vista) vaca a R$ 290/@ (à vista)
MG-Triângulo:
boi a R$ 325/@ (prazo) vaca a R$ 300/@ (prazo)
MG-B.H.:
boi a R$ 310/@ (prazo) vaca a R$ 296/@ (prazo)
BA-F. Santana:
boi a R$ 295/@ (à vista) vaca a R$ 285/@ (à vista)
RS-Porto Alegre:
boi a R$ 324/@ (à vista) vaca a R$ 309/@ (à vista)
RS-Fronteira:
boi a R$ 324/@ (à vista) vaca a R$ 309/@ (à vista)
PA-Marabá:
boi a R$ 282/@ (prazo) vaca a R$ 276/@ (prazo)
PA-Redenção:
boi a R$ 282/@ (prazo) vaca a R$ 278/@ (prazo)
PA-Paragominas:
boi a R$ 289/@ (prazo) vaca a R$ 282/@ (prazo)
TO-Araguaína:
boi a R$ 287/@ (prazo) vaca a R$ 278/@ (prazo)
TO-Gurupi:
boi a R$ 286/@ (à vista) vaca a R$ 276/@ (à vista)
RO-Cacoal:
boi a R$ 294/@ (à vista) vaca a R$ 280/@ (à vista)
RJ-Campos:
boi a R$ 307/@ (prazo) vaca a R$ 293/@ (prazo)
MA-Açailândia:
boi a R$ 283/@ (à vista) vaca a R$ 264/@ (à vista)



