
Como a criança morreu
Monique disse que encontrou o filho desacordado no chão do quarto do casal.
Para a mãe, Henry acordou, ficou em pé em cima da cama deles e se desequilibrou ou até tropeçou no encosto da poltrona e caiu no chão.
Segundo o laudo do Instituto Médico-Legal, a criança já deu entrada no hospital sem vida e apresentava lesões no crânio, no estômago, no fígado e nos rins, além de várias manchas roxas.
As informações são que o garoto teve “hemorragia interna e laceração hepática, que é danos no fígado, causada por uma ação violenta”.
O lugar foi interditado
O apartamento da Barra onde a criança foi encontrada desacordada no último dia 8 de março foi interditado até que a polícia realize novas perícias.
As chaves do imóvel deverão ser entregues à polícia e uma viatura da PM deverá ficar no local por cerca de 30 dias.
Houve uma busca também para a casa do pai do menino, o Leniel Borel.
Apesar de o engenheiro ter entregue o menino na casa de Monique oito horas antes de Henry dar entrada no Hospital Barra D’Or, já morto, aparentemente sem qualquer indício de lesão (de acordo com o depoimento da própria Monique), os investigadores querem esgotar todas as possíveis linhas de investigação.
Celulares e computadores foram apreendidos
Agentes da 16ª DP (Barra da Tijuca) cumpriram nesta sexta-feira (26) quatro mandados de busca e apreensão, dentro das investigações da morte do menino Henry Borel, em diferentes endereços no Rio de Janeiro.
A polícia reteve celulares e computadores da mãe, do padrasto e do pai do garoto de 4 anos, que morreu em circunstâncias ainda não esclarecidas.
Os mandados foram expedidos pelo 2º Tribunal do Júri da Capital. A Justiça decretou ainda a quebra do sigilo telefônico de todos os alvos.
Outros indícios da investigação
Uma ex-namorada de Jairinho acusa o padrasto do menino Henry de ter sido violento com a filha dela, anos atrás. Ela afirma ainda que recebeu uma ligação do vereador logo após a morte do menino.
Essa acusação levou à abertura de uma nova investigação, desta vez na Delegacia da Criança e do Adolescente vítima, no Centro do Rio.
No início da semana, a faxineira Rosangela, que esteve no apartamento da família, contou à polícia uma versão diferente do depoimento prestado pela mãe do garoto. A mulher disse no depoimento que teria sido avisada sobre a morte de Henry no dia que foi trabalhar.
A mãe do menino falou em depoimento que não contou à empregada o que tinha acontecido e na hora do almoço, falou para ela tirar o dia de folga. A avó materna do menino também foi ouvida pelos investigadores na quarta-feira (24).