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Quinta, 21 de novembro de 2024

Iniciativa de empresários no setor de alimentos tentam reduzir os preços dos produtos para pessoas de baixa renda

Por conta da pandemia os valores subiram

26 de mar 2021 - 09h:22 Créditos: Roberta Ferreira
Crédito: Divulgação

Iniciativas de empresários do setor de alimentos tentam reduzir os preços para a população de baixa renda. Isso porque, em meio à pandemia da covid-19, o valor está em alta em todo o país.

Esse aumento dos preços é um efeito colateral do prolongamento da pandemia no Brasil e impacta de forma desigual pobres e ricos.  

Dados do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) mostram que, nos últimos 12 meses, a inflação da cesta de compras da população de renda mais alta foi de 3,43%. A de renda muito baixa, de 6,75%.

A economista Gabriela Chaves, fundadora do NoFront, explica como o aumento está ocorrendo.

"Enquanto uma pessoa milionária vai gastar menos de 1%, 5% do que ela tem com alimentação, para uma pessoa mais pobre, que ganha um, dois salários mínimos, acaba comprometendo quase metade da renda só com essa necessidade de sobreviver", diz a economista.

Com isso, se vê o retorno do quadro da fome ao país, explica a economista.  

"Isso porque, sem o auxílio emergencial e sem opções de trabalhar, as pessoas estão sem opção e o que a gente está vendo é o retorno da fome no Brasil”.  

A crise do preço dos alimentos é um fenômeno mundial com um impacto severo nas cidades brasileiras e iniciativas criadas por empresários tentam baratear os valores.  

Um exemplo, é o de uma horta feita no centro de São Paulo e perto do consumidor, sem o risco de ter que aumentar valores por causa da alta dos combustíveis.

"A gente acaba ficando quase no zero a zero, mas entende que se a gente é serviço essencial a gente tem que ter o lado social e prestar esse serviço para a comunidade", diz o empreendedor social Guilherme Maruxo.

Segundo ele, a iniciativa ajuda a "combater essa alta nos preços". "Você consegue pensar o que vai colocar e não precisa comer só um tipo de coisa: carne, laticínio. Você consegue ter essa diversidade que ajuda a enfrentar dificuldades".  

As sementes da horta do empresário foram doadas pra moradores de uma ocupação, que se sentem mais fortes pra enfrentar a pandemia.

Sobre a questão, o porta-voz do Ministério da Agricultura diz que esperava uma pressão menor sobre o preço dos alimentos neste ano.

"Mas nós estamos vendo já no início deste ano uma situação muito semelhante à que nós vivemos no primeiro semestre de 2020", diz Silvio Farnese, diretor de Comercialização e Abastecimento da Secretaria de Política Agrícola do Mapa.

"O Ministério da Agricultura tem trabalhado no plano safra que nós estamos preparando agora e deve sair até o mês de maio, continua sendo o foco na agricultura familiar e no médio produtor rural através do Pronamp", afirma.  

"Dentro da política do governo, tem uma área específica da agricultura familiar. Com a linha de crédito específico, com seguro específico, com taxas de juros mais facilitadas e linhas de crédito para investimento, que é exatamente pra poder dar sustentação para esses produtores que têm uma participação relevante no abastecimento nacional", acrescenta.  


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