Menu
Domingo, 22 de dezembro de 2024

Motoristas de app paralisam atividades em protesto contra projeto de lei

Manifestação deve acontecer simultaneamente em várias regiões do Brasil

26 de mar 2024 - 15h:32 Créditos: correio do estado
Crédito: Motoristas de aplicativo são contra projeto que regulamenta trabalho da categoria

Os motoristas de aplicativo de Campo Grande uniram-se, nesta terça-feira (26), em uma paralisação em repúdio ao Projeto de Lei Complementar 12/2024, que visa regulamentar o trabalho da categoria.

Paulo Pinheiro, presidente da Associação de Parceiros de Aplicativos de Transporte de Passageiros (Applic- MS), destacou a preocupação com o impacto negativo que o novo projeto de lei pode gerar, caso seja aprovado.

'Paulinho dos aplicativos', como é conhecido, explicou a importância do ato de hoje "A pauta única, exclusiva dessa paralisação, é a questão desse projeto de lei. É um projeto totalmente inviável, que inviabiliza completamente a categoria, é um absurdo".

Ele enfatizou que o projeto apresenta mais ônus do que bônus, com apenas 30% de benefícios, como a garantia de licença maternidade para gestantes trabalhadoras na categoria e a questão da autonomia.

Pinheiro ressaltou as preocupações financeiras dos motoristas, apontando que os valores propostos pelo projeto tornariam "difícil manter o veículo, as contas em dia e sustentar as famílias".

Ainda completou que, com o valor de R$ 1.412,00 por 8 horas de trabalho, muitos motoristas não conseguem suprir suas necessidades básicas, especialmente considerando os impostos e custos adicionais, como a alocação do veículo e despesas com internet e combustível.

A paralisação contou com a participação de cerca de 500 veículos, afetando temporariamente a disponibilidade da empresa de transporte privado na cidade.

Diante da mobilização, o representante expressou a intenção de ampliar os esforços, incluindo possíveis ida à Brasília para dialogar com os parlamentares sobre a importância de rejeitar o projeto em questão.

PL nº 12/2024

O projeto de lei apresentado no início deste mês tem como proposta de regulamentação a implementação de mecanismos que visam melhorar as condições de trabalho dos autônomos que atuam por meio de plataformas.

Entre as principais alterações propostas pelo PL, destaca-se a definição de uma remuneração mínima por hora de trabalho, estabelecida em R$ 32,09.

Além disso, o projeto prevê a garantia de um salário mínimo mensal para esses trabalhadores, estipulando que devem receber pelo menos R$ 1.412,00 por mês, mediante uma jornada de trabalho de 8 horas diárias.

É importante ressaltar que apenas o tempo de trabalho efetivo será considerado para a remuneração, com um limite máximo de 12 horas diárias de conexão à plataforma. Ademais, o projeto também determina que os autônomos por plataforma contribuam para o INSS com uma alíquota de 7,5% sobre o valor recebido.

Deixe um comentário


Leia Também

Veja mais Notícias