O presidente da Câmara Municipal de Dourados, Laudir Munaretto (MDB) iniciou uma "operação abafa" para impedir a instalação de eventual processo por quebra de decoro parlamentar do vereador Diogo Castilho (DEM). O parlamentar é acusado de ter violado o toque de recolher para se reunir com amigos em um restaurante de Dourados. A Guarda Municipal chegou a se deslocar até o local, mas preferiu não adotar a mesma postura demonstrada nas demais aglomerações, quando detém todos os participantes e apresenta à autoridade de polícia judiciária.
A reportagem apurou que a Guarda Municipal esteve no Restaurante Audax, que ocupa uma mansão em bairro nobre de Dourados. Apesar de constatar que o estabelecimento estava com aglomeração em pleno horário de toque de recolher, a GMD lavrou um Boletim de Informação e deixou o local. Foi o gerente do Audax quem informou que o vereador Diogo Castilho seria um dos clientes que estavam desrespeitando o toque de recolher.
Com base na conduta do vereador, um contribuinte protocolou na Câmara Municipal de Dourados o pedido de instalação de Comissão Processante para investigar a quebra de decoro parlamentar de Diogo Castilho.
Ao invés de cumprir o Decreto Legislativo (DL) número 201/76, que manda o presidente da Câmara ler e colocar em votação o recebimento da denuncia contra qualquer vereador, o presidente Laudir Munaretto quer livrar o colega de eventual investigação por quebra de decoro parlamentar.
A intenção de proteger o aliado é tão explícita, que Laudir Munaretto se negou até mesmo a entregar cópia da denúncia aos demais vereadores. Laudir preside a mesma Casa de Leis que aprovou projeto criando multa para o cidadão que não usar máscara de proteção nas ruas ou em estabelecimento comercial. Para punir o contribuinte, Laudir Munaretto é rápido, mas para investigar o aliado Diogo Castilho, ele usa mecanismos que viola decreto da própria Câmara Municipal.
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