Dois anos depois que se casou, em 2015, Meggie Pasquoto recebeu a notícia "mais difícil da vida": a de que não poderia gerar um bebê. Após, a professora desenvolveu depressão e transtorno de ansiedade. Depois de seis anos, a felicidade renasceu. Meggie adotou Pedro Henrique e, ao contrário do que tinha ouvido dos médicos, provou que poderia sim, ser mãe.
Nesta quinta-feira (25) é celebrado o Dia Nacional da Adoção, oficializada através da Lei nº 10.447, de 9 de maio de 2002. O objetivo é promover debates sobre o direito da convivência familiar e comunitária com dignidade, um dos princípios mais importantes do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA).
"Depois que eu Rodrigo casou, a gente decidiu ter um filho. Ai parei com o anticoncepcional e começamos a tentar e não vinham bebê. Fomos investigar e aí descobri que tinha endometriose, trompas destruídas e não poderia e engravidar", relatou Meggie.
Ela começou a fazer tratamento para realizar o sonho de engravidar, ao mesmo tempo que fazia faculdade de Pedagogia. Entre as aulas, ela conheceu um professor que tinha adotado e outra professora que queria adotar, e os dois a indicaram para um grupo de apoio de adoção em Campo Grande (MS).
"Eu e o Rodrigo começamos a frequentar esse grupo que a fomos amadurecendo a ideia de adoção. O Rodrigo sempre quis adotar, né? E aí fomos amadurecer a ideia de adoção e aí começamos todo o processo", explicou.
A professora e o marido, Rodrigo Batista, começaram a fazer um curso oferecido pelo grupo e entregaram os documentos exigidos para a adoção. Eles passaram pela visita da assistência social e também por testes psicológicos.
"Aí fomos preparando na nossa casa. Nesse tempo, o nosso filho já existia pra gente, né? Porque a gente já sabia que ele viria e ele já fazia parte da nossa vida. Era como se a gente tivesse gestante", completou.
Contudo, em 2020, o mundo passou pela pandemia da covid-19 e todo o processo de adoção ficou mais de seis meses pausado. "Cada movimentação era um susto, um misto de alegria e medo".
No dia 15 de dezembro de 2021 os dois foram oficialmente habilitados como pais adotivos, mas no dia 17, outro baque para a família: o Judiciário entrou em recesso e mais uma vez o processo parou.
Por fim, no dia 14 de fevereiro de 2022 eles foram incluídos na fila do Cadastro Nacional de Adoção e em 17 de março, eles receberam a ligação que esperaram por tanto tempo.
"Meu sonho se tornou realidade. Pedro Henrique chegou para completar nossa família, meu raio de sol. É a coisa mais maravilhosa do mundo. É mais do que a gente imaginava, mais do que a gente sonhava, a gente não imagina mais a vida sem ele. Na verdade, a gente nem lembra mais como que era vida sem ele".
Faz pouco mais de um ano que a família se reuniu. Meggie conta que a adaptação foi boa e o bebê de 8 meses não os estranhou. "Criar uma criança é muita responsabilidade, mas é maravilhoso, é nossa realização como pais e hoje a nossa família está completa", finalizou.