
O Ministério da Agricultura liberou mais 51 agrotóxicos para uso dos agricultores nesta sexta-feira (23), segundo publicação do Diário Oficial. Cinco deles são inéditos e 46 são genéricos.
No total, o governo já autorizou o uso de 310 defensivos químicos neste ano: 90 princípios ativos usados na fabricação de pesticidas e 220 produtos prontos, que vão para uso direto do agricultor. Estes últimos são chamados também de produtos formulados.
Dentre as autorizações desta sexta, 34 são químicos e 17 são biológicos, considerados de baixo impacto.
Dos cinco princípios ativos inéditos, três são de origem biológica, que podem ser utilizados na agricultura orgânica e dois de origem química.
Os três produtos biológicos novos (Neoseiulus barkeri, Neochrysocharis formosa, Neoseiulus idaeus) podem ser utilizados em qualquer sistema de cultivo, segundo o Ministério da Agricultura.
O Neoseiulus barkeri é o primeiro produto no Brasil registrado para controle do ácaro vermelho das palmeiras, uma das principais pragas dos coqueiros. Ele também pode ser recomendado para o controle do ácaro branco.
Já o parasitoide Neochrysocharis formosa controla a larva minadora (Liriomyza sativae). E o Neoseiulus idaeus é recomendado para controle de ácaro rajado (Tetranynchus urticae).
Os três não possuem classificação na Anvisa e na classificação do Ibama, são considerados "Pouco Perigosos ao Meio Ambiente".
Em relação aos químicos, um dos produtos é o Goemon, feito à base do ingrediente ativos novo ciclaniliprole. Ele foi registrado para controle da lagarta de Helicoverpa armigera nas culturas de algodão, milho e soja.
O produto também serve para o controle da mariposa-do-café (Leucoptera coffeella) na cultura do café, e da broca-pequena-do-fruto (Neoleucinodes elegantali) e traça-do-tomateiro (Tuta absoluta) no tomateiro.
O outro é o produto Kenja, à base de isofetamida, fungicida para controle do mofo-branco (Sclerotinia sclerotiorum) nas culturas de soja, feijão, batata, tomate e alface. O produto também é indicado para controle de mofo-cinzento (Botrytis cinérea) em cebola e uva, e de sarna da macieira (Venturia inaequalis) na cultura da maça.
O Ibama considera os produtos acima como "muito perigosos ao meio ambiente". A Anvisa não os classifica.