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Sexta, 01 de agosto de 2025

Morre o advogado douradense Munir Hajj

Aos 67 anos, o advogado Munir Mohamad Hassan Hajj se despediu discretamente, como alguém que viveu com humildade e partiu com dignidade.

26 de jul 2025 - 07h:55 Créditos: MS WEB RADIO
Crédito: Divulgação

Nesta sexta-feira (25) em Dourados, a cidade amanheceu mais silenciosa. Foi como se o coração coletivo tivesse desacelerado por um instante, tomando consciência de que um homem bom havia encerrado seu capítulo por aqui. Aos 67 anos, o advogado Munir Mohamad Hassan Hajj se despediu discretamente, como alguém que viveu com humildade e partiu com dignidade.

Membro de uma família tradicional, Munir não vestia o prestígio com pompa. Sua verdadeira grandeza vinha do olhar acolhedor, das palavras gentis e do compromisso com as causas que tocavam vidas esquecidas. Tinha um coração generoso, que pulsava com empatia e coragem, e sabia que a justiça não se mede apenas em tribunais — mas também nos gestos diários de solidariedade.

Enfrentava problemas de saúde, mas nunca deixou que isso ofuscasse a luz que espalhava. Viveu como quem planta sementes: com paciência, constância e amor ao próximo. Sua trajetória é uma daquelas que a gente guarda com carinho, como uma fotografia bem enquadrada na memória afetiva do tempo.

Conhecê-lo por mais de 40 anos foi como ter um irmão que a vida escolheu me dar. Um irmão adotivo, cúmplice, conselheiro e amigo. Quantas conversas, quantos cafés estendidos em reflexões, quantas risadas partilhadas com aquele humor discreto e inteligente. Ele não se limitava aos próprios passos — caminhava com os outros.

Hoje, muitas casas se enchem de lembranças. Os familiares, amigos, os colegas de profissão, os que foram ajudados em silêncio, todos sentem esse vazio que ele deixa. Mas também sentem a presença da sua história — porque o legado de Munir Hajj, floresce em cada pessoa que se inspirou nele.

Que Deus o acolha com a paz que ele semeou por aqui. Que conforte os corações da família e dos tantos amigos que tiveram o privilégio de cruzar sua estrada. E que essa crônica seja um abraço literário a todos que continuam caminhando com a memória de Munir Hajj no peito.

O Silêncio que Fala o Nome de Munir(Poema)

Partiste num sopro, discreto e sereno, como quem encerra com honra um poema. Na alma da cidade há um lamento ameno, mas teu legado acende a luz no sistema.

A saudade dói — não há como negar, mas é feita também de ternura e de história, de justiça vivida, do dom de escutar, de um coração que pulsava em memória.

Munir, teu nome é paz em tom de oração, bondade escrita em gestos cotidianos, foste ponte, foste chão, foste irmão e amigo, nos abraços que selam os seres humanos.

As causas que amparaste, agora caminham, guiadas pela semente que deixaste no chão. Tua voz ainda ecoa, teus olhos brilham em cada vida tocada pela tua mão.


Que o céu te receba em festa de luz, e Deus te acolha com o mesmo afeto que espalhaste aqui, sem escudo, sem cruz — só com a nobreza de um ser completo. (ALLAH YERHAM RUHU)








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