Talibã informou que ao menos 13 pessoas morreram e dezenas ficaram feridas em duas explosões fora do aeroporto de Cabul, onde milhares de afegãos se aglomeravam para tentar sair do Afeganistão nos voos de evacuação internacionais.
– Mais de 30 pacientes chegaram até o momento ao nosso centro de cirurgia de Cabul. Outros seis já estavam mortos quando chegaram – declarou, no Twitter, a ONG italiana Emergency, que tem um hospital na capital afegã.
A organização afirmou que ativou o protocolo de emergências enquanto espera um grande número de vítimas.
O porta-voz do Pentágono, John Kirby, confirmou no Twitter que há americanos e civis entre as vítimas de um “ataque complexo” com duas explosões.
De acordo com o porta-voz, uma das explosões ocorreu perto do Baron Hotel, na capital, próximo ao portão Abbey do aeroporto, onde ocorreu a outra. Este pode ter sido o primeiro atentado a ocorrer na capital afegã desde que os talibãs tomaram o controle do país, no dia 15 de agosto.
A primeira das explosões ocorreu às 18h24 (hora local; 10h58 em Brasília), perto de um dos portões do aeroporto de Cabul, segundo a emissora afegã Ariana News.
A imprensa do país divulgou imagens nas quais é possível ver vários corpos, além de feridos sendo transferidos para hospitais, e afirmou que a primeira explosão foi de grande potência.
O Ministério da Defesa da Turquia também anunciou que houve duas explosões nos arredores do aeroporto.
Por ora, é desconhecida a autoria e as características do ataque. Também não há informações dos líderes talibãs sobre o ocorrido.
No momento das explosões, milhares de afegãos se aglomeravam nos arredores do aeroporto de Cabul, com a esperança de pegar um voo para fugir do Afeganistão.
Na quarta-feira passada (25), a embaixada dos EUA no país aconselhou os americanos a não se aproximarem do aeroporto de Cabul por “ameaças de segurança” nos acessos à instalação.
Antes das explosões, o embaixador americano em exercício no Afeganistão, Ross Wilson, disse nesta quinta-feira (26), em entrevista à emissora ABC News, que as ameaças eram “críveis e iminentes”.
Fonte:Pleno News.