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Quarta, 04 de dezembro de 2024

Polícia Civil prende jovem suspeita de matar a própria filha em Minas Gerais

A delegada Adeliana Xavier, falou sobre o caso, durante coletiva de imprensa realizada nesta terça-feira (26).

26 de out 2021 - 20h:51 Créditos: Linckon Lopes
Crédito: Divulgação/Polícia Civil

Na noite de segunda-feira (25), a Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) prendeu, em Governador Valadares, na região do Rio Doce, uma mulher, de 20 anos, investigada pela morte da filha, de seis meses de idade, que faleceu na última quinta-feira (21).

No dia dos fatos, a vítima foi socorrida até um hospital da cidade, onde foi verificado o óbito. Diante das diversas lesões que a vítima apresentava, foi levantada a possibilidade de morte suspeita ou violenta, razão pela qual o corpo dela foi encaminhado ao Posto Médico-Legal da cidade para a realização de exames. 

Foto: Reprodução

Conforme laudo preliminar do médico-legista, a vítima apresentava diversas lesões pelo corpo, como vários hematomas nos braços e pernas, hemorragia na cabeça compatível com espancamento, além de laceração do fígado e um ferimento no ombro compatível com mordedura humana.

“O médico legista nos contatou e deu uma parcial do laudo de necropsia, falando justamente da gravidade das lesões encontradas no corpo da criança. Já na sexta-feira, foi instaurado inquérito, para podermos dar uma resposta rápida; ouvimos, então, alguns familiares, a mãe da criança e um namorado dela”, disse a delegada Adeliana Xavier, durante coletiva de imprensa realizada nesta terça-feira (26).

Foto: Reprodução

Sobre os depoimentos da mulher e do namorado dela, a delegada Daniely Muniz salientou que “em princípio, ela negou a prática de qualquer agressão em face da filha de seis meses e tentou imputar o resultado morte ao então namorado dela. Ocorre que havia uma série de contradições entre a versão que ela apresentou e as lesões constatadas pelo médico-legista”, esclarece. 

“Além disso, chamou a nossa atenção a extrema frieza e insensibilidade, diante de uma circunstância trágica. Enquanto todos os familiares se mostraram desesperados, a investigada em nenhum momento chorou ou esboçou qualquer reação de desespero com a morte da filha. Já o namorado dela, relatou que a criança, quando chegou à residência dele, na terça-feira, já apresentava algumas lesões na face, compatíveis com os achados periciais e disse que inquiriu a mulher sobre o que teria ocorrido com a criança, ao que ela negou a prática de agressões”, completa a delegada.

Por fim, o delegado Márdio Bento Costa ressaltou que as investigações seguirão em andamento. “Ainda há diligências a serem deflagradas, inclusive para delimitar eventual participação de outras pessoas. Se houve omissão relevante ou não do namorado. Se essas lesões identificadas no corpo da criança já decorriam de agressões anteriores, porque, ao desenrolar das investigações, é possível que, além do homicídio qualificado, podemos chegar a crime de maus-tratos e, até mesmo, de tortura, ocorridos anteriormente”, conclui.

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